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Sobreviventes do acidente na Colômbia voltam ao Brasil
Força Nacional do SUS acompanhou a viagem de Brasília para a Colômbia, em voo da FAB, para buscar o jogador Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel
Os ministérios da Saúde e Defesa se uniram para buscar os dois sobreviventes do acidente na Colômbia, que chegaram ontem à noite em Chapecó (SC). A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), trouxe o jogador de futebol Alan Ruschel e o jornalista, Rafael Henzel, ambos sobreviventes do acidente com a equipe da Chapecoense em Medellín, na Colômbia. Para o transporte dos pacientes, a aeronave, VC-99 Legacy, foi adaptada com duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O jato UTI da FAB saiu do aeroporto internacional de Rionegro, na Colômbia, fazendo duas escalas técnicas para reabastecimento em Manaus e Brasília e seguiu para o destino final em Chapecó. Além dos pacientes, estavam o avião um integrante da Força Nacional do SUS, o médico Luiz Edgar Leão Tolini, além do médico da Chapecoense, Carlos Macedo e da FAB, especializados em transporte aeromédico.
“Essa não é uma missão de um ministério, é uma missão de um país. Realizamos uma mobilização continua, desde o primeiro dia do acidente, auxiliando a Embaixada do Brasil no Colômbia nas ações de identificação de documentação e cuidado com familiares”, contou o médico e integrante da Força Nacional do SUS, Luiz Edgar Tolini. Ele lembrou que a Força Nacional do SUS está sempre atenta para esse tipo de ocorrência e ressaltou que a união entre os ministérios da Saúde e Defesa foi de fundamental importância no preparo e qualificação das equipes de saúde para chegar mais rápido no local necessário. “Os sobreviventes tiveram atendimento exemplar na Colômbia, o que favoreceu para o retorno destes pacientes ao nosso país” afirmou o médico Tolini.
Antes de se submeterem ao extenso deslocamento, os pacientes passaram por vários exames para verificar suas condições clínicas. O transporte aéreo dos pacientes está previsto no Acordo de Cooperação Técnica firmado entre os Ministérios da Saúde e da Defesa. Os voos de ida e volta serão custeados pelo Ministério da Saúde.
ASSISTÊNCIA – Logo após anúncio do acidente, uma equipe do Ministério da Saúde seguiu nessa no dia 29/11 em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) na comitiva que também levou representantes do Itamaraty e da Polícia Federal, entre outros profissionais. Ao chegar em Medellín, a equipe da Força Nacional do SUS trabalhou em parceria com a equipe do Itamaraty, na conferência de documentos, elaboração e controle da planilha para acompanhamento da evolução dos processos de emissão dos atestados de óbito.
Além disso, para se obter informações mais fidedignas do quadro clínico dos sobreviventes, a equipe chegou a visitar os hospitais e clínicas onde os pacientes brasileiros estavam internados. Foi organizada ainda a transferência dos três sobreviventes para o hospital Fundación San Vicent em Rio Negro com o objetivo principal de oferecer melhor atendimento aos pacientes, tendo em vista a melhor estrutura do parque tecnológico hospitalar. A ação viabilizou também o melhor acolhimento dos familiares, que foram direcionados ao hotel situado nas proximidades.
CASO CHAPECOENSE - Na terça-feira, do dia 29 de novembro de 2016, a aeronave British Aerospace BAe 146 da linha aérea boliviana LAMIA com matrícula CP2933 RJ 80 sofreu um acidente ao se aproximar do aeroporto de Medellín (Colômbia), quando transportava 77 passageiros para a cidade de Medelín na Colômbia. O avião caiu na região de Cerro Gordo na Colômbia, próxima ao município de Antioquia. Entre os passageiros estava a delegação da equipe de futebol Chapecoense (SC) a caminho de jogo da Copa Sul-Americana. Foram setenta e um óbitos e seis sobreviventes de acordo com os boletins oficias da Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil).
FORÇA NACIONAL DO SUS - A Força foi criada, em novembro de 2011, para agir no atendimento às vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico e desassistência, quando for superada a capacidade de resposta do estado ou município. Desde a sua criação, a Força participou de outras 28 missões de apoio em caso de desastres naturais, na gestão de grandes eventos, desassistência tragédias.
Para que a Força Nacional do SUS seja acionada, o município ou o estado deve decretar situação de emergência, calamidade ou desassistência, solicitando o apoio do Ministério da Saúde. Com isso, é deslocada uma equipe para a chamada missão exploratória, quando profissionais vão até o local para fazer um diagnóstico da rede de saúde e verificar a necessidade de apoio em relação a equipamentos, insumos e profissionais de saúde.
Por Alexandre Penido, da Agência Saúde
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