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ARBOVIROSES
Ministério da Saúde qualifica agentes indígenas para enfrentamento ao Aedes aegypti no Rio Grande do Sul
Foto: divulgação/MS
Com foco na prevenção e controle do Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, o Ministério da Saúde realizou uma capacitação para agentes indígenas de saúde no Rio Grande do Sul. A ação integra o Plano de Ação para a Redução da Dengue e Outras Arboviroses - Período Sazonal 2024/2025, lançado em setembro de 2024.
O treinamento, realizado de 17 a 21 de março, contou com a participação de 60 agentes indígenas do Território Guarita, localizado no noroeste do estado, e foi conduzido pela equipe técnica da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses (CGARB), da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), da Organização Social (OS) Moscamed Brasil e da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (2° e 15°CRS).
Para a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Alda Maria da Cruz, a capacitação é uma ação estratégica para fortalecer a prevenção. "Capacitar agentes indígenas é essencial para ampliar as ações de combate ao Aedes aegypti e reduzir os riscos de transmissão de arboviroses nessas comunidades”, observa.
Durante o treinamento, os participantes receberam orientações sobre medidas de prevenção e controle do mosquito e foram apresentados a novas tecnologias de monitoramento entomológico. Entre as principais ferramentas destacadas está o uso de ovitrampas, armadilhas simples e eficazes que auxiliam na detecção e controle do vetor.
As ovitrampas consistem em pequenos recipientes com água, levedo de cerveja e uma palheta para oviposição, onde as fêmeas do mosquito depositam seus ovos. Essa tecnologia permite monitorar a presença e abundância do Aedes aegypti, avaliar a eficácia das medidas de controle e, ao mesmo tempo, reduzir a quantidade de ovos no ambiente, contribuindo para a diminuição da proliferação do mosquito.
Como parte das atividades práticas da capacitação, foram instaladas 38 ovitrampas nas aldeias Km10 e Linha da Esperança, localizadas no território indígena Guarita. Essa iniciativa marca o início do monitoramento entomológico na região e fortalece as ações preventivas para proteger a população local contra doenças transmitidas pelo mosquito.
João Moraes
Ministério da Saúde