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LANÇAMENTO
PPSUS no Amapá conta com eixos voltados para urgência e emergência, inclusive nas áreas de fronteira
Foto: internet.
O Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), lançou, no dia 20/05, a 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) no Amapá (AP). Pesquisadores do estado, com vínculo formal com instituições de ensino superior ou centros de pesquisa, públicos ou privados sem fins lucrativos, podem submeter as propostas até o dia 8 de julho de 2025. O edital exige que, obrigatoriamente, os interessados cadastrem os projetos no Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde (SISC&T) e também devem submeter as propostas no Sistema da Fapeap.
A chamada pública no Amapá foi elaborada de forma integrada entre a comunidade científica e os gestores locais. O estado participou de cinco edições anteriores do Programa e, desta vez, vai receber o investimento de R$ 1,8 milhões, com recursos compartilhados entre o ministério, por meio do Decit, no valor de R$ 1,5 milhão e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), que aportou R$ 375 mil.
De acordo com a coordenadora-geral de Fomento à Pesquisa em Saúde (Decit/Sectics/MS), Denise Lins, o recurso destinado para a pesquisa no Amapá é um valor recorde, muito significativo se comparado as edições passadas e reforça o compromisso dos parceiros com o SUS. “O PPSUS é um chamado para que novas ideias possam colaborar com um sistema de saúde público mais forte. Os pesquisadores podem propor alternativas para melhorar os serviços de saúde e o atendimento à população”, ressalta Denise.
“ O PPSUS é a iniciativa mais exitosa do ministério e que tem perdurado por muitos anos. Para os estados o financiamento de pesquisas locais faz uma diferença enorme para que os gestores consigam atender as necessidades mais urgentes e resolver os problemas de saúde da população”, afirmou Cássio Roberto Peterka, Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde (Sesa/AP).
Eixos temáticos
A chamada pública no Amapá incentiva a pesquisa aplicada e a capacitação das equipes de saúde. Por meio da Oficina de Prioridades de Pesquisa (OPP/RO), foram definidas 45 linhas de estudos, distribuídos em 5 eixos temáticos:
- Equidade de gênero, raça, etnia e valorização dos trabalhadores no SUS;
- Saúde materno-infantil;
- Doenças tropicais;
- Doenças crônicas e não transmissíveis;
- Rede de urgência e emergência, incluindo áreas de fronteira.
“ O Amapá é diferente dos outros estados do Brasil e precisamos da ciência, das evidências científicas, para garantir a melhor gestão do nosso SUS. O PPSUS é quase um filho, estamos trabalhando neste edital há um ano, e reafirmamos o compromisso do estado com a ciência, a inovação e com a saúde pública”, garantiu Virgínia Lourenço Santos Rodrigues, representante da Sesa/AP.
O diretor-presidente da Fapeap, Gutemberg de Vilhena Silva, afirmou durante o lançamento que está contando com a comunidade científica, em uma soma de esforços, para encontrar soluções para as questões mais complexas que envolvem a saúde pública no estado. “O PPSUS é a ciência ao lado da saúde, estamos imprimindo os desafios do Amapá neste edital e contamos com propostas inovadoras para juntos conseguir encontrar caminhos, melhorar os serviços e buscar novos tratamentos ”, enfatizou Gutemberg.
Parceiros estratégicos
O PPSUS é um Programa de descentralização de fomento à pesquisa em saúde nas Unidades Federativas. O Programa busca promover o desenvolvimento científico e tecnológico para atender às peculiaridades, especificidades e necessidades de saúde das populações locais e sua execução envolve parcerias nos âmbitos federal e estadual. O Decit/Sectics/MS é o coordenador nacional, e o CNPq a instituição responsável pelo gerenciamento administrativo do Programa. Na esfera estadual, estão envolvidas as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP) e as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). As FAP executam o Programa em nível estadual e atuam em parceria com as SES.
Janine Russczyk
Ministério da Saúde