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Selo Biocombustível Social
Na Expointer, agricultura familiar ganha centralidade em debates para o Combustível do Futuro
Na última terça-feira (02), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) participou do seminário “Diversificação de Matéria-Prima da Agricultura Familiar para o Combustível do Futuro”, realizado na Expointer, em Esteio (RS). A atividade reuniu representantes do Governo do Brasil, da Embrapa, de cooperativas e organizações sociais para debater os caminhos da transição energética justa, com protagonismo da agricultura familiar.
A abertura institucional destacou a importância do tema para o desenvolvimento sustentável, a inovação energética e a inclusão social, contextualizando a Lei do Combustível do Futuro e a integração com o Selo Biocombustível Social (SBS), política do MDA que conecta agricultores familiares às usinas de biodiesel. Durante o painel, foi ressaltado o papel estratégico do Selo Biocombustível Social como porta de entrada para a diversificação de matérias-primas.
A Diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, Vivian Libório, destacou que o fortalecimento do selo, aliado a programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e arranjos produtivos locais, garante inclusão produtiva e geração de renda para mulheres, jovens e povos e comunidades tradicionais.
“A Expointer é o espaço ideal para reafirmarmos que o futuro da energia no Brasil também passa pela agricultura familiar. Aqui, no Rio Grande do Sul, demonstramos que a produção de alimentos pode caminhar lado a lado com a produção de energia limpa e renovável. O Selo Biocombustível Social garante que essa transição energética seja feita com inclusão, geração de renda e valorização dos agricultores e agricultoras que sustentam os territórios”, acrescentou Vivian Libório.
Representantes de organizações sociais e cooperativas compartilharam experiências práticas de fornecimento de matérias-primas para o setor e os desafios enfrentados na agregação de valor, acesso a crédito, assistência técnica e logística. A participação da sociedade civil reforçou a visão de que o Combustível do Futuro deve ser também um projeto de inclusão socioeconômica e valorização dos territórios.
Caminhos e contribuições
O debate também trouxe contribuições da Embrapa, que abordou avanços e desafios para ampliar a inclusão da agricultura familiar no setor, e do Ministério de Minas e Energia (MME), que apresentou as estratégias do Governo do Brasil para a diversificação de matérias-primas na transição energética. Entre os pontos discutidos, o potencial de culturas como mamona, macaúba, babaçu e dendê, além da valorização de cadeias já integradas ao biodiesel
O encerramento reafirmou a importância da parceria entre o Governo do Brasil, o Legislativo estadual e a sociedade civil para a consolidação da agenda do Combustível do Futuro no Rio Grande do Sul e em todo o país.
“A Expointer nos mostra o potencial da agricultura familiar no Sul do Brasil. Nossa missão é fazer com que essa força se traduza também em mais inovação tecnológica e diversificação das matrizes energéticas, com oportunidades para mulheres, jovens e comunidades tradicionais. Ao integrar o Selo Biocombustível Social com o Pronaf e com arranjos produtivos locais estamos construindo um Combustível do Futuro que une tecnologia, biodiversidade e inclusão social, fazendo da transição energética um caminho de justiça e prosperidade”, concluiu Vivian Libório.