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Pesquisadores revisam gênero da flora neotropical e descrevem duas espécies novas da Região Nordeste do Brasil
Publicado em
04/11/2025 17h27
Atualizado em
05/11/2025 12h04
Tamonea pubescens | Foto: Richard Olmstead
O periódico Wildenowia publicou, em 30 de outubro, um artigo que faz a revisão da taxonomia e nomenclatura, bem como da distribuição geográfica, do gênero Tamonea, um pequeno grupo de plantas pertencente à família Verbenaceae. O estudo envolveu pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, do Instituto de Botánica Darwinion (Argentina), da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um dos resultados da pesquisa foi a descrição de duas novas espécies desse gênero, registradas na Região Nordeste do Brasil.
O gênero Tamonea ocorre ao longo da Região Neotropical (América do Sul, América Central e México) e pode ser reconhecido por um conjunto de características morfológicas singulares, como flores com pedicelo (hastes finas que sustentam a flor), corolas com guias de néctar que funcionam como trilhas visuais para os polinizadores, frutos parcialmente inseridos no cálice persistente, com quatro sementes, geralmente com protuberâncias em forma de chifre.
Esse gênero havia sido estudado pela última vez em 2008 e incluía seis espécies conhecidas, sendo uma delas, Tamonea curassavica, dividida em cinco variedades. A partir das novas e minuciosas investigações, os pesquisadores reconhecem agora um total de 11 espécies, das quais seis ocorrem no Brasil, sendo quatro endêmicas, ou seja, exclusivas do país.
As duas novas espécies descritas para a ciência foram denominadas Tamonea maxima e Tamonea pubescens. A Tamonea maxima ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, em áreas de Floresta Atlântica e Caatinga. A Tamonea pubescens possui distribuição mais restrita, sendo conhecida apenas nos campos rupestres da Chapada Diamantina, na Cadeia do Espinhaço, estado da Bahia, dentro da Caatinga.
O gênero Tamonea ocorre ao longo da Região Neotropical (América do Sul, América Central e México) e pode ser reconhecido por um conjunto de características morfológicas singulares, como flores com pedicelo (hastes finas que sustentam a flor), corolas com guias de néctar que funcionam como trilhas visuais para os polinizadores, frutos parcialmente inseridos no cálice persistente, com quatro sementes, geralmente com protuberâncias em forma de chifre.
Esse gênero havia sido estudado pela última vez em 2008 e incluía seis espécies conhecidas, sendo uma delas, Tamonea curassavica, dividida em cinco variedades. A partir das novas e minuciosas investigações, os pesquisadores reconhecem agora um total de 11 espécies, das quais seis ocorrem no Brasil, sendo quatro endêmicas, ou seja, exclusivas do país.
As duas novas espécies descritas para a ciência foram denominadas Tamonea maxima e Tamonea pubescens. A Tamonea maxima ocorre nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, em áreas de Floresta Atlântica e Caatinga. A Tamonea pubescens possui distribuição mais restrita, sendo conhecida apenas nos campos rupestres da Chapada Diamantina, na Cadeia do Espinhaço, estado da Bahia, dentro da Caatinga.
O pesquisador Pedro Cardoso (ENBT/JBRJ) explica que a revisão foi fundamental para esclarecer as diferenças morfológicas entre as espécies, mapear suas distribuições geográficas e resolver complexos aspectos de nomenclatura. "A pesquisa reforça a importância crítica do trabalho em coleções de herbário, essencial para compreender a dimensão da biodiversidade brasileira. O trabalho também ressalta a importância da conservação de áreas de alta riqueza biológica, como a Chapada Diamantina e os remanescentes de vegetação original da Floresta Atlântica e da Caatinga, regiões que ainda abrigam espécies desconhecidas pela ciência e sofrem intensa pressão antrópica", conclui.
