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JBRJ recebe centenas de bromélias apreendidas em operação do Ibama contra o tráfico internacional de flora nativa ameaçada de extinção
Uma das bromélias apreendidas e já em cultivo no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em suporte de xaxim também apreendido pelo Ibama em uma operação anterior
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) recebeu 549 exemplares de bromélias ameaçadas de extinção apreendidas em operação de fiscalização realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre os dias 12 e 15 de maio. As plantas estavam em depósito irregular, localizado no município de Cotia, em São Paulo. Intitulada Operação Hermes – Tillandsias, a ação foi decorrente de uma interceptação de exportação irregular no Aeroporto Internacional de Viracopos, no ano passado. A ação resultou ainda na aplicação de multas no valor de mais de R$ 165 mil.
As bromélias apreendidas são do gênero Tillandsia. Entre as espécies, estão Tillandsia araujei, Tillandsia carminea, Tillandsia heubergeri, Tillandsia kaustskyi, Tillandsia neglecta e outras, todas endêmicas da Mata Atlântica. As plantas agora estão sendo cultivadas na coleção científica de bromélias do JBRJ. A retirada de seu habitat sem autorização não só é crime ambiental, mas também um risco para a sobrevivência dessas espécies essenciais para o equilíbrio dos nossos ecossistemas.
A operação, conduzida pelas equipes de fiscalização do Ibama e servidores da Coordenação de Comércio Exterior da Biodiversidade da Diretoria de Biodiversidade e Florestas (Comex/DBFlo/Ibama), contou com a colaboração de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A operação teve como objetivo impedir o comércio ilegal dessas plantas e reforçar as medidas de proteção à flora brasileira. As sanções foram aplicadas com base na legislação ambiental vigente, que prevê punições para crimes contra a flora e o tráfico de espécies silvestres.
O curador da coleção de Bromélias do JBRJ, Bruno Rezende, foi a São Paulo para buscar as plantas e conversou com Lilian Iara Sasso (Ibama), responsável pela apreensão. A identificação das espécies foi feita por Rafaela Forzza (pesquisadora do JBRJ e ICMBio) e o especialista Elton Leme.
A operação teve como objetivo impedir o comércio ilegal dessas plantas e reforçar as medidas de proteção à flora brasileira. As sanções foram aplicadas com base na legislação ambiental vigente, que prevê punições para crimes contra a flora e o tráfico de espécies silvestres.
* Com informações do sítio eletrônico do Ibama.