Notícias
Jardim Botânico do Rio lança a Trilha das Plantas Misteriosas no Dia das Bruxas (31/10)
Nesta sexta-feira (31/10), Dia das Bruxas e também Dia do Saci, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro lança a Trilha das Plantas Misteriosas! No passeio guiado, o visitante vai conhecer plantas envoltas em lendas e mistérios. Desde os tempos antigos, diferentes sociedades utilizam essas espécies para curar, alimentar, enfeitar e também em rituais. Elas carregam significados simbólicos que inspiram mitos e crenças sobre forças mágicas e mistérios ocultos. Algumas guardam poderes medicinais, outras ocultam venenos letais.
No roteiro, que mistura, ciência, cultura e um pouco de suspense, estão, entre outras:
Árvore-do-diabo (Alstonia scholaris) - Em aldeias na Índia, existe essa árvore que ninguém se atreve a se aproximar à noite. Dizem que a planta abriga espíritos, e sua seiva branca parece veneno ou sangue. Suas flores só abrem no escuro e soltam um perfume forte demais, como um feitiço no ar. Depois do pôr do sol, reza a lenda que, ao chegar perto, a pessoa pode ouvir alguém sussurrando seu nome.
Cacto-estrela (Stapelia gigantea), uma suculenta que floresce um dia por ano. O formato da flor é frequentemente comparado ao rosto do Demogorgon, estrela da série Stranger Things. Por conta desse aspecto, alguns chamam a planta de “flor Demogorgon”. A flor exala um odor forte e desagradável, semelhante a carne em decomposição. Por isso, a espécie é chamada de planta-cadáver ou flor-cadáver em miniatura. O odor atrai moscas, com o intuito de os insetos carregarem o pólen de uma flor para outra.
Papo-de-peru (Aristolochia gigantea) - Os gregos viam a placenta e um bebê nessa flor e acreditavam que ela ajudava em partos difíceis. Com cheiro de carne podre, atrai moscas e as prende em pelos pegajosos, só o suficiente para as cobrir de pólen e espalhar sua armadilha pela floresta. Bonita por fora, mortal por dentro.
Guiné, amansa-senhor (Petiveria alliacea) - Cheiro de alho, fama de espantar o mal e um passado de vingança e loucura. Era chamado de “amansa-senhor”, porque escravizadas a usavam para se vingar dos senhores opressores, que acabavam fracos, confusos, mudos e, às vezes, mortos. Usada em rituais de proteção, a guiné carrega histórias de resistência e mistério.
Pau-dos-feiticeiros, árvore-da-sentença (Erythrophleum suaveolens) - Essa árvore já foi personagem de tribunais sombrios. Na África, quem bebia seu veneno chamado muave enfrentava a sentença: sobreviver provava inocência, morrer, culpa confirmada.
A Trilha das Plantas Misteriosas acontece em dois horários, às 10h e 14h. O ponto de encontro é o Centro de Visitantes. O passeio guiado é gratuito, havendo necessidade de adquirir ingresso para o Jardim Botânico.
Serviço - Trilha das Plantas Misteriosas
Dia: 31 de outubro, às 10h e às 14h
Ponto de encontro: Centro de Visitantes
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Rua Jardim Botânico, 1008
Valor da entrada
Visitantes residentes no Brasil: R$ 40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada)
Visitantes estrangeiros: R$ 80,00
Crianças de até 5 anos não pagam. Residentes no Brasil com mais de 60 anos, com deficiência, estudantes, entre outros, têm direito a meia entrada e pagam R$ 20,00.
Pagamento na bilheteria apenas em dinheiro e pix. Ingressos online pelo site jbrj.eleventickets.com com pix ou cartão de crédito.