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Jardim Botânico do Rio de Janeiro anuncia os avanços na implementação de metas da Estratégia Global para Conservação de Plantas
Publicado em
06/12/2021 20h21
Atualizado em
31/10/2022 13h34
O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) anuncia, na próxima terça-feira (14/12), os avanços da instituição na implementação das metas 1 e 2 da Estratégia Global para Conservação de Plantas (Global Strategy for Plant Conservation - GSPC) no Brasil. Na ocasião , o JBRJ fará também uma homenagem à pesquisadora emérita do CNPq Ana Maria Giulietti Harley, por sua relevante contribuição ao conhecimento da flora brasileira.
A Estratégia Global para Conservação de Plantas é vinculada à Convenção da Diversidade Biológica, liderada pelas Nações Unidas, tendo o Brasil como um de seus países signatários. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro vem atuando principalmente em duas metas da GSPC: 1 - Construção e publicação de uma flora online de todas as plantas, algas e fungos conhecidos do território brasileiro e 2 - Avaliação de risco de extinção de todas as espécies da flora brasileira. Elas são contempladas respectivamente por duas iniciativas do JBRJ, o projeto Flora do Brasil e o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Alcançar as metas é, necessariamente, um trabalho sempre em andamento, uma vez que no Brasil se descobre, em média, uma nova espécie por dia de plantas, algas ou fungos.
A Flora do Brasil, que em fevereiro alcançou o expressivo resultado de 92% da flora brasileira monografada, avançou em 2021 produzindo versões em PDF das monografias concluídas no sistema online, para famílias e gêneros de algas, fungos e plantas. Depositadas no repositório do JBRJ, essas monografias se tornam assim disponíveis de forma livre e gratuita para a sociedade. As URLs desses trabalhos estarão reunidas na publicação online Coleção Flora do Brasil 2020, que será lançada no evento e facilitará a ampla consulta desse material.
Já o CNCFlora lançará o seu novo sistema ProFlora – Sistema Nacional para Conservação da Flora, voltado a subsidiar as avaliações de risco de extinção da flora brasileira. O ProFlora armazenará dados sobre distribuição geográfica, habitat, ecologia e reprodução, além de informações sobre fatores de ameaça, ações de conservação e usos atribuídos às espécies.
Financiado com recursos do Projeto GEF Pró-Espécies: Todos contra a extinção, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o ProFlora permitirá aumentar a adesão de especialistas botânicos no processo de avaliação de risco de extinção – tanto na validação dos registros como na função de avaliadores do estado de conservação das espécies. O sistema estará disponível também para os órgãos estaduais do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
Atualmente, o Brasil tem 21,1% de sua flora avaliada quanto ao estado de conservação e a expectativa é de que a implantação do ProFlora impulsione esse processo de avaliação, que é um instrumento metodológico essencial para assegurar a preservação do meio ambiente e a restauração dos processos ecológicos, além de prover meios para o manejo sustentável das espécies e ecossistemas.
A base taxonômica utilizada para as avaliações de risco pelo CNCFlora é a Flora do Brasil, por isso as metas 1 e 2 sempre caminharam interligadas. A Plataforma Reflora, que reúne o Herbário Virtual Reflora e a Flora do Brasil, também provê dados para os sistemas governamentais e para praticamente todos os trabalhos científicos realizados atualmente com plantas brasileiras.
– Este ano atingimos a marca de dois milhões de usuários ao longo da existência da plataforma, e milhares de citações já podem ser contabilizadas. Poucos países megadiversos do mundo conseguiram atingir com tanto sucesso a meta 1 como o Brasil. Hoje é o país que mais fornece dados para o projeto da Flora do Mundo Online – afirma a coordenadora da Flora do Brasil, Rafaela Campostrini Forzza.
– Esse sucesso é fruto de um trabalho colaborativo que conta com cerca de 1.000 pesquisadores de 224 instituições diferentes, atuando em rede e com a coordenação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. É preciso reconhecer e valorizar o trabalho sério que é realizado no Brasil pela conservação da flora nativa. – destaca a presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ana Lúcia Santoro.
A Estratégia Global para Conservação de Plantas é vinculada à Convenção da Diversidade Biológica, liderada pelas Nações Unidas, tendo o Brasil como um de seus países signatários. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro vem atuando principalmente em duas metas da GSPC: 1 - Construção e publicação de uma flora online de todas as plantas, algas e fungos conhecidos do território brasileiro e 2 - Avaliação de risco de extinção de todas as espécies da flora brasileira. Elas são contempladas respectivamente por duas iniciativas do JBRJ, o projeto Flora do Brasil e o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Alcançar as metas é, necessariamente, um trabalho sempre em andamento, uma vez que no Brasil se descobre, em média, uma nova espécie por dia de plantas, algas ou fungos.
A Flora do Brasil, que em fevereiro alcançou o expressivo resultado de 92% da flora brasileira monografada, avançou em 2021 produzindo versões em PDF das monografias concluídas no sistema online, para famílias e gêneros de algas, fungos e plantas. Depositadas no repositório do JBRJ, essas monografias se tornam assim disponíveis de forma livre e gratuita para a sociedade. As URLs desses trabalhos estarão reunidas na publicação online Coleção Flora do Brasil 2020, que será lançada no evento e facilitará a ampla consulta desse material.
Já o CNCFlora lançará o seu novo sistema ProFlora – Sistema Nacional para Conservação da Flora, voltado a subsidiar as avaliações de risco de extinção da flora brasileira. O ProFlora armazenará dados sobre distribuição geográfica, habitat, ecologia e reprodução, além de informações sobre fatores de ameaça, ações de conservação e usos atribuídos às espécies.
Financiado com recursos do Projeto GEF Pró-Espécies: Todos contra a extinção, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o ProFlora permitirá aumentar a adesão de especialistas botânicos no processo de avaliação de risco de extinção – tanto na validação dos registros como na função de avaliadores do estado de conservação das espécies. O sistema estará disponível também para os órgãos estaduais do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
Atualmente, o Brasil tem 21,1% de sua flora avaliada quanto ao estado de conservação e a expectativa é de que a implantação do ProFlora impulsione esse processo de avaliação, que é um instrumento metodológico essencial para assegurar a preservação do meio ambiente e a restauração dos processos ecológicos, além de prover meios para o manejo sustentável das espécies e ecossistemas.
A base taxonômica utilizada para as avaliações de risco pelo CNCFlora é a Flora do Brasil, por isso as metas 1 e 2 sempre caminharam interligadas. A Plataforma Reflora, que reúne o Herbário Virtual Reflora e a Flora do Brasil, também provê dados para os sistemas governamentais e para praticamente todos os trabalhos científicos realizados atualmente com plantas brasileiras.
– Este ano atingimos a marca de dois milhões de usuários ao longo da existência da plataforma, e milhares de citações já podem ser contabilizadas. Poucos países megadiversos do mundo conseguiram atingir com tanto sucesso a meta 1 como o Brasil. Hoje é o país que mais fornece dados para o projeto da Flora do Mundo Online – afirma a coordenadora da Flora do Brasil, Rafaela Campostrini Forzza.
– Esse sucesso é fruto de um trabalho colaborativo que conta com cerca de 1.000 pesquisadores de 224 instituições diferentes, atuando em rede e com a coordenação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. É preciso reconhecer e valorizar o trabalho sério que é realizado no Brasil pela conservação da flora nativa. – destaca a presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ana Lúcia Santoro.
O evento "A implementação da Estratégia Global para Conservação de Plantas no Brasil pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro: avanços e perspectivas de alcance das Metas 1 e 2" será realizado, em formato híbrido, no dia 14 de dezembro de 2021, às 14h, no auditório da Escola Nacional de Botânica Tropical, no Horto Florestal. A transmissão será em tempo real pelo canal do JBRJ no YouTube.