Notícias
Estudo mostra versatilidade de cacto da Caatinga fora de seu ambiente natural
Um lagarto interage com a 'Tacinga inamoena' no Cactário do JBRJ | Foto: Alexandre Machado
Pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) investigaram os visitantes florais e a florivoria em Tacinga inamoena, um cacto da Caatinga cultivado na Coleção Temática de Cactos e Suculentas do JBRJ, para entender a alta taxa de frutificação da espécie nesse cultivo ex situ, ou seja, fora de seu ambiente natural. Eles observaram que, embora adaptadas à polinização por aves, as flores dessa espécie também atraem outros visitantes, como abelhas, borboletas e moscas, o que sugere interações reprodutivas mais complexas do que se pensava.
Além disso, foi observada a interação com lagartos da espécie Tropidurus torquatus, que ocorrem naturalmente na área da coleção. Esses lagartos consomem partes florais, causando danos às flores, mas sem comprometer a frutificação da espécie.
Os pesquisadores apontam que mais estudos precisam ser feitos para aprofundar o conhecimento dos mecanismos reprodutivos dessa espécie, mas consideram que os achados da pesquisa "destacam a resiliência e a versatilidade das plantas da Caatinga, mesmo em contextos desafiadores, e reforçam a importância de investigações ex situ para a conservação e compreensão de espécies nativas".
Acesse o artigo Floral Visitors and Florivory in Tacinga inamoena (Cactaceae) in the ex situ collection of the Rio de Janeiro Botanical Garden