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Catálogo de Plantas das UCs do Brasil divulga primeira lista para campos rupestres da Cadeia do Espinhaço: PARNA Sempre-Vivas
O Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV) acaba de ter sua lista de espécies publicada no Catálogo de Plantas das Unidades de Conservação do Brasil. Localizada na região da Cadeia do Espinhaço Meridional, esta UC de Proteção Integral abrange os municípios de Bocaiúva, Buenópolis, Diamantina e Olhos d´Água, em Minas Gerais.
A Lista de plantas do Parque Nacional das Sempre-Vivas traz 760 espécies de 93 famílias, entre angiospermas e samambaias e licófitas. Asteraceae é a família mais diversa, com 139 espécies, seguida por Fabaceae, com 64, e Eriocaulaceae, com 55 espécies. A lista deve ser ampliada com a realização de novas pesquisas, uma vez que, segundo os autores, a UC precisa de um programa intenso de coletas, estando dentro de área prioritária para a conservação da biodiversidade do Cerrado.
O PNSV é uma UC recente, tendo sido criada em dezembro de 2002 e tem área de 124.156 hectares, na qual predominam altitudes entre 1.100 e 1.250 metros. A Serra do Galho, com 1.525 metros é seu ponto mais alto. A vegetação do Parque é constituída principalmente pelo Cerrado, mas também apresenta espécies de áreas de transição com a Caatinga e com a Mata Atlântica.
Segundo a pesquisadora Thuane Bochorny, primeira autora da lista, "O Parque Nacional das Sempre-Vivas é uma unidade de conservação de grande relevância biológica para o Brasil, concentrando fitofisionomias ambientais bastante heterogêneas. Esta UC abriga áreas importantes de campos rupestres, matas de galeria e de encosta, formando um complexo mosaico vegetacional. Além disso, abriga uma flora diversa, dentre as quais estão as plantas popularmente chamadas ‘sempre-vivas’ (eriocauláceas) que dão nome ao parque. A UC foi considerada pelo Fundo Mundial da Vida Selvagem (WWF) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como um dos centros de diversidade de plantas do Brasil (em decorrência do alto grau de endemismo) e de fundamental importância para conservação da diversidade biológica do Cerrado”.
A lista foi construída a partir de registros de herbário, com destaque para as coletas realizadas pelos botânicos D. A. Chaves, G. Martinelli e T. E. Almeida, que em sua maior parte se encontram depositadas nos herbários UB – da Universidade de Brasília, HUFU – da Universidade Federal de Uberlândia, e RB – do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Além da lista, o Catálogo das UCs do Brasil disponibiliza um banco de imagens que está sendo construído pelos pesquisadores. Entre as fotos está a da Marcetia acerosa Schrank & Mart. ex DC., da família Melastomataceae, que aparece em destaque na imagem.
Acesse a Lista de plantas do Parque Nacional das Sempre-Vivas.
Acesse o Catálogo de Plantas das Unidades de Conservação do Brasil.