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MERCADO DE CARBONO
Semc/MF apresenta na COP 30 novo portfólio de investimentos voltados à transformação ecológica
O Ministério da Fazenda promoveu na quinta-feira (13/11) o painel “Portfólio de Investimentos: Projetos para Concretizar a Transformação Ecológica” no Pavilhão Brasil da COP 30, em Belém. O novo portfólio apresenta um grande mapeamento dos investimentos públicos e privados enquadrados no novo modelo de desenvolvimento brasileiro, focado na Transformação Ecológica. O detalhamento do mecanismo foi apresentado pela titular da Secretaria extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda (Semc/MF), Cristina Reis.
Conforme explicou Cristina, o portfólio de investimentos voltados à transformação ecológica no Brasil identifica e concentra, em um só ambiente de fácil acesso, ações executadas no âmbito de diversos planos e programas de desenvolvimento sustentável brasileiro. Isso inclui linhas de ação como as do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), Nova Indústria Brasil (NIB), e o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda, entre outros.
Entraram também nessa consolidação informações do setor privado, como bases de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI); da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Petrobras, entre outros.
O mecanismo fornece respostas diretas sobre os objetivos e resultados de todas essas frentes de atuação, sempre considerando ações que contemplem critérios de sustentabilidade, explicou a secretária. “As pessoas querem saber o quanto que está girando de investimento, de emprego, de renda; quanto que esses projetos contribuem para reduzir as desigualdades; que é o objetivo do governo federal”, detalhou Cristina Reis.
Desenvolvido pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda em cooperação com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o portfólio é uma iniciativa alinhada ao Novo Brasil — Plano de Transformação Ecológica (PTE), projeto criado e comandado desde 2023 pelo Ministério da Fazenda.
“A Cepal contratou especialistas para mapearem os projetos de acordo com três tipos: energia, indústria, infraestrutura e soluções baseadas na natureza e bioeconomia, que já estão em sua maior maioria, implementados”, relatou a secretária, revelando que o trabalho já mapeou R$ 473 bilhões em investimentos em andamento em mais de 2,5 mil projetos. “Estamos muito contentes de ter alcançado esse grande montante, que só tende a crescer e que vai ficar cada vez mais sofisticado à medida que a Taxonomia Sustentável Brasileira for utilizada”, afirmou Cristina.
“São projetos do setor público, do setor privado. Vocês vão ter a oportunidade de entrar no site do Ministério da Fazenda e entender esses projetos. Saber em que município estão, em quais regiões, quais são os setores”, detalhou a titular da Semc/MF. Ela explicou que esse detalhamento era uma demanda dos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), o “Conselhão” da Presidência da República. O novo portfólio, além de representar uma ação que contribui para o governo, auxilia também o setor privado, que ganha uma nova janela para apresentar o seu rol de projetos “verdes”.
“O portfólio é uma plataforma que apresenta ao mundo como o Brasil está direcionando investimentos para uma transformação sistêmica da economia, integrando sustentabilidade, produtividade, justiça social. Mais do que um mapeamento de projetos, mostra como o Brasil já está mobilizando recursos públicos e privados, inovando setores estratégicos e construindo o futuro de uma economia verde que enfrenta as mudanças climáticas de forma intencional e estruturada”, disse o secretário-executivo do Conselhão, Olavo Noleto Alves, que foi o moderador do painel.
Também participaram do painel a oficial de Assuntos Econômicos da Cepal; Camila Gramcow; a diretora global de prosperidade econômica e climática da Open Society Foundations e conselheira no Conselhão, Laura Carvalho; o presidente do Conselho de Administração do Bradesco e conselheiro do Conselhão; Luiz Carlos Trabuco; a enviada especial para o setor empresarial da presidência da COP 30 e conselheira do Conselhão, Marina Grossi; e o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Gustavo Ponce.
Confira a participação da secretária extraordinário do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda, Cristina Reis, no painel

