Notícias
PROJEÇÕES
Prisma Fiscal de fevereiro segue com melhora nas previsões das contas públicas em 2025
O Prisma Fiscal de fevereiro de 2025, divulgado na segunda-feira (17/2) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF), voltou a indicar melhora na projeção de mercado para o resultado primário do Governo Central em 2025, segundo a mediana das expectativas de analistas consultados. A projeção de déficit para o ano baixou R$ 4,28 bilhões, passando de R$ 84,28 bilhões em janeiro para R$ 80 bilhões neste mês.
A projeção representa uma queda do déficit para 0,63% do PIB, de acordo com a mediana das projeções de PIB nominal do Prisma, ou seja, uma melhora de 0,04 ponto percentual em relação ao mês de janeiro, quando o déficit previsto era de 0,67% do PIB para 2025. Já para 2026, as projeções de resultado primário são de déficit de 0,62% do PIB, contra 0,59% do PIB nas previsões de janeiro.
Acesse a íntegra do Relatório do Prisma Fiscal de fevereiro, publicado pela Secretaria de Política Econômica
Acesse também a versão em inglês
Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do PIB para 2025, as expectativas do Prisma Fiscal indicam uma redução de 0,46 p.p., de 81,20% nas projeções de janeiro para 80,74% em fevereiro. Para 2026, no entanto, houve um aumento na proporção projetada, que passou de 84,70% no mês passado para 84,90% em fevereiro, alta de 0,20 p.p.
Arrecadação
As projeções das instituições para a arrecadação federal de fevereiro de 2025 ficaram estáveis, alcançando R$ 202,39 bilhões, pouco acima dos R$ 202,31 bilhões projetados para o mês no Prisma Fiscal de janeiro.
Para os meses seguintes, a mediana de março baixou de R$ 211 bilhões no Prisma de janeiro para R$ 210,43 bilhões no relatório deste mês. Também houve queda nas projeções relativas a abril, de R$ 247,39 bilhões para R$ 245,80 bilhões entre os relatórios de janeiro e fevereiro.
No acumulado anual, a projeção das receitas federais mostra estabilidade, em torno de R$ 2,85 trilhões na coleta de fevereiro e R$ 2,84 na de janeiro. Para 2026, a estimativa do mercado atual é de que o governo arrecade R$ 3,03 trilhões, valor um pouco acima da previsão feita em janeiro, que foi de R$ 3,01 trilhões.
O relatório da SPE de fevereiro também apontou estabilidade na projeção mediana de receita líquida do governo federal neste mês, que é de R$ 143,57 bilhões, contra R$ 143,02 bilhões da mediana de janeiro. Já nas estimativas anuais para 2025, a previsão do mercado atual é de que os recursos disponíveis para o governo, deduzidas as transferências obrigatórias, somarão R$ 2,30 trilhões, o que representa um leve aumento em relação às previsões de janeiro, que estavam em R$ 2,29 trilhões.
Despesas
A despesa total do Governo Central deve fechar fevereiro, segundo as projeções atuais dos analistas de mercado, em R$ 181,87 bilhões, com um leve recuo em relação às estimativas de janeiro, de R$ 182,78 bilhões. Para o ano de 2025, o Prisma Fiscal da SPE apurou uma projeção mediana de R$ 2,38 trilhões em despesas do Governo Central, com estabilidade em relação às projeções do primeiro mês do ano.
Indicadores
Os agentes de mercado consultados pela SPE em fevereiro apontam uma melhora nas projeções do PIB Nominal, que deve alcançar R$ 12,61 trilhões em 2025 – a estimativa anterior era de R$ 12,55 trilhões. Para o ano seguinte, o levantamento prevê PIB nominal de R$ 13,44 trilhões, com estabilidade em relação às projeções de janeiro.
Em fevereiro, houve aumento de 0,6 0p.p. nas estimativas do setor privado para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2025, que deve chegar a 5,40% no fechamento do ano. A previsão em janeiro estava em 4,80%. Para 2026, a mediana das projeções de mercado subiu 0,03 p.p., passando de 4,30% no relatório de janeiro para 4,33% em fevereiro.
Nos indicadores mensais do mercado de trabalho, as expectativas para a taxa de desemprego em fevereiro são de 6,58% da força de trabalho, pouco abaixo dos 6,60% das estimativas do mês anterior. Já a população ocupada deve ser de 103 milhões de pessoas no fechamento de fevereiro, com estimativas estáveis em relação ao Prisma Fiscal de janeiro.
Prisma Fiscal
O Prisma Fiscal é o sistema de coleta de expectativas de mercado, elaborado e gerido pela Secretaria de Política Econômica, para acompanhamento da evolução das principais variáveis fiscais brasileiras do ponto de vista de analistas do setor privado. Esse sistema também apura variáveis auxiliares de atividade econômica, nível geral de preços e mercado de trabalho, itens que geram impactos nas contas públicas e na política fiscal em geral. O relatório do Prisma Fiscal reúne estatísticas das previsões consolidadas das instituições (mediana, média, desvio padrão, mínimo e máximo).
As projeções mensais do relatório atual — fevereiro, março e abril — abrangem as expectativas de arrecadação de receitas federais; receita líquida, despesa total, resultado primário e resultado nominal do Governo Central; Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); taxa de desemprego e população ocupada. Já quanto às projeções anuais, o Prisma traz previsões para 2025 e 2026, considerando as mesmas variáveis das projeções mensais, mas incluindo também Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), deflator e PIB nominal.