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Prisma Fiscal revela que mercado aprofundou convicção no cumprimento da meta fiscal de 2025
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF) divulgou, na sexta-feira (12/12), o Prisma Fiscal de dezembro. O material revela melhora das expectativas de mercado em relação a vários indicadores das contas do governo federal para o ano de 2025. Houve evoluções nas perspectivas para a arrecadação de receitas federais, a receita líquida do Governo Central, o resultado primário e a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), além de retração das estimativas para a inflação do ano.
O grande destaque do Prisma de dezembro refere-se à melhoria das projeções relativas ao resultado primário do Governo Central em 2025, agora com estimativa do mercado para déficit de R$ 68,211 bilhões no ano (ante déficit de R$ 70,649 bilhões, no Prisma de novembro). Ou seja, os agentes de mercado aprofundaram convicção no cumprimento da meta fiscal para o ano (as previsões encaminhadas são de déficit inferior ao déficit de R$ 75,718 bilhões, apontado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre, antes da aplicação de compensações autorizadas e outros ajustes para o cálculo de cumprimento da meta de resultado primário).
Para o total de arrecadação das receitas federais, o Prisma Fiscal revela que a mais recente projeção de mercado aponta para R$ 2,895 trilhões neste ano (ante R$ 2,887 trilhões, em novembro). A receita líquida do Governo Central agora é estimada em R$ 2,336 trilhões (R$ 2,328 trilhões, na edição anterior do Prisma). Para a dívida, as mais recentes projeções apontam para índice de 79,49% na relação DBGG/PIB (ante 79,54%, em novembro).
A estimativa para o PIB nominal foi recalibrada para R$ 12,661 trilhões (R$ 12,659 trilhões, no Prisma anterior). Já a expectativa de inflação — medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — caiu para 4,43% este ano (ante 4,60%, em novembro).
A expectativa para a despesa total do Governo Central apresentou leve alta de R$ 683 milhões, em estabilidade na marca de R$ 2,397 trilhões para o ano. Houve ligeira piora nas projeções para o resultado nominal do Governo Central, que agora apontam para R$ 932,221 bilhões em 2025 (ante R$ 931,113 bilhões, no Prisma anterior)
Confira a íntegra do Prisma Fiscal de dezembro
Projeções 2026
O Prisma Fiscal de dezembro revela também melhoria de expectativas para diversos indicadores relativos a 2026. A projeção de receita líquida foi revisada para R$ 2,513 trilhões (ante R$ 2,506 trilhões, no mês passado) no período. O mercado manifestou, ainda, projeção de queda da despesa total do Governo Central no próximo ano, indicando valor de R$ 2,584 trilhões para 2026 (frente a R$ 2,588 trilhões, em novembro).
Também foi reduzida a expectativa de inflação, com INPC de 2026 estimado em 4,21% (ante 4,29%, em novembro). Houve, ainda, melhora das estimativas em relação ao resultado primário do próximo ano, com nova projeção de déficit de R$ 72,100 bilhões (frente a R$ 75,447 bilhões, no Prisma anterior).
Curto prazo
O relatório também apresenta estimativas de curto prazo, referentes aos resultados para dezembro, janeiro e fevereiro, relativos a diversos indicadores: arrecadação, receita líquida, despesa total, resultado primário, resultado nominal, inflação (INPC), população ocupada e taxa de desemprego (PNAD).
Em relação à arrecadação das receitas federais, por exemplo, o mercado manteve projeção de R$ 289,476 bilhões para dezembro deste ano, o mesmo patamar presente no Prisma de novembro. Para janeiro de 2026, melhoraram as estimativas de arrecadação, saltando de R$ 321,848 bilhões (novembro) para R$ 322,465 bilhões (Prisma de dezembro). Também subiram as projeções para o resultado de fevereiro de 2026, indo de R$ 218,139 bilhões (novembro) para R$ 218,416 bilhões (dezembro).
Prisma Fiscal
O Prisma Fiscal é um sistema de coleta de expectativas de mercado criado e gerido pela SPE para acompanhamento da evolução das principais variáveis fiscais brasileiras sob a ótica de analistas do setor privado. O sistema apura ainda variáveis auxiliares de atividade econômica, nível geral de preços e mercado de trabalho, com importantes implicações nas contas públicas e na política fiscal em geral.
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