Textos finais da Trilha de Finanças serão submetidos a ministros de Finanças

Tatiana Rosito explicou que serão apresentados três textos: dois endossados pelo G20 e um elaborado pela presidência brasileira do grupo – Foto: Cláudio Sobreira

A 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 começou nesta quinta-feira (25/7), no Rio de Janeiro. A secretária de Assuntos Internacionais e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, embaixadora Tatiana Rosito, detalhou à imprensa os temas debatidos em dois dias de encontro. De acordo com ela, o tema da desigualdade, uma das prioridades da presidência brasileira, foi desenvolvido já na primeira sessão.

“A reunião se iniciou nesta quinta-feira com uma discussão sobre economia global. Mesmo em condições mais robustas de crescimento, as políticas de combate às desigualdades são importantes”, sustentou.

O encontro, de acordo com Rosito, deve abordar ainda a regulação do sistema financeiro internacional, a cooperação internacional tributária e alterações no funcionamento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento. Além destes temas, a sexta-feira deve abordar ainda outros eixos, como o financiamento à infraestrutura resiliente a mudanças climáticas:

“É um tema importante. Recentemente tivemos eventos no Brasil, como as enchentes no Rio Grande Sul. A reunião será encerrada em temas relativos a arquitetura financeira internacional, como dívida, e o fluxo de capitais para países emergentes e a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento”, sintetizou.

A coordenadora explicou ainda que a redação de documentos foi finalizada pelos deputies, que se reunirão na segunda e terça-feira, e o conteúdo será avaliado em nível ministerial. “Contamos com mais de 470 delegados inscritos. Nós concluímos os trabalhos técnicos relativos ao comunicado da reunião, que será submetido aos ministros para endosso”, explicou.

Ao todo, deve haver três textos. Dois deles endossados pelo G20 e um terceiro elaborado pela presidência brasileira do grupo: “A expectativa é que haja um comunicado, uma declaração sobre cooperação internacional em matéria tributária e um terceiro documento, uma declaração da presidência”.