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Programa de Educação Ambiental leva informação sobre doenças tropicais a comunidades ao longo da BR-319
Nos dias 10 e 11 de dezembro, a equipe do Programa de Educação Ambiental (PEA) da Gestão Ambiental da BR-319/AM/RO realizou uma série de ações voltadas à orientação e à prevenção de doenças tropicais em comunidades urbanas, rurais e ribeirinhas da região. A iniciativa teve como foco a circulação de informações sobre os riscos à saúde, sinais de alerta e cuidados cotidianos diante de enfermidades que seguem presentes no contexto amazônico.
As atividades ocorreram no canteiro de obras da Construtora Etam, no km 21, na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves e na Comunidade Autaz, ambas no km 24, além da Secretaria de Meio Ambiente do Careiro Castanho, da ONG Casa do Rio, do ponto de apoio Nego da Gautama, no km 192, da Rodoviária de Realidade e do Posto Realidade, localizado no km 589. Ao longo do percurso, cerca de 80 pessoas participaram das conversas, entre moradores do entorno, estudantes, trabalhadores e usuários da rodovia.
Durante as ações, a equipe abordou doenças tropicais associadas à presença de insetos vetores e às condições ambientais da região, como malária, dengue, zika, chikungunya, oropouche, leishmaniose, doença de Chagas e verminoses ligadas ao saneamento precário. O ambiente amazônico, marcado por calor, alta umidade e grande quantidade de cursos d’água, favorece a reprodução de mosquitos e outros transmissores, o que mantém esses agravos como parte do cotidiano de muitas comunidades.
A malária segue com registros frequentes, sobretudo em áreas próximas a rios e igarapés. Febre alta, calafrios e cansaço súbito são apontados como sinais que exigem procura imediata por atendimento de saúde. Já as arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes, principalmente mosquitos, continuam presentes tanto em áreas rurais quanto urbanas, muitas vezes associadas a recipientes que acumulam água dentro das próprias residências. O vírus Oropouche, transmitido pelo maruim, ocorre com maior incidência em áreas de mata e margens de rios, com maior atividade do inseto durante o dia.
Também foram discutidas doenças relacionadas às condições das moradias e do entorno, como a leishmaniose, ligada à presença de insetos que se multiplicam onde há matéria orgânica acumulada, e a doença de Chagas, que pode ocorrer em casas com frestas e estruturas antigas. Em locais com acesso limitado a saneamento, aumentam os riscos de verminoses, principalmente quando há contato com água sem tratamento adequado.
As orientações foram transmitidas por meio de cartazes, folders informativos e conversas diretas, com linguagem acessível e foco em atitudes práticas. Entre os cuidados abordados estão a eliminação de recipientes que acumulam água, a organização dos quintais, o uso de repelente em áreas com maior presença de insetos, a proteção das moradias e o consumo de água tratada, filtrada ou fervida.
Este conteúdo faz parte das ações informativas da Gestão Ambiental da BR-319/AM/RO, uma iniciativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sob responsabilidade do Consórcio Concremat/Hollus.