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RAPv/Enacor: DNIT apresenta painel sobre o uso de tecnologia na infraestrutura de transportes
O segundo dia da 50ª Reunião Anual de Pavimentação (RAPv) e do 27º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária (Enacor) começou com uma palestra liderada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Os diretores Executivo, Carlos Barros, e de Infraestrutura Rodoviária, Fábio Nunes, e o coordenador-geral de Modernização e Gestão Estratégica, Anderson Alvarenga, falaram sobre “Engenharia Digital: tendências e desafios para o setor de infraestrutura”.
“Para que uma autarquia, do tamanho do DNIT, consiga superar os desafios que se apresentam diariamente, não tenho dúvidas de que tecnologia e inovação são elementos que devem se fazer presente”, disse Carlos Barros.
Ele trouxe ao público números que evidenciam a pujança do DNIT no que diz respeito ao aumento de investimentos na infraestrutura de transportes. Entre 2023 e 2029, o número previsto para investimentos públicos e privados no setor é de R$ 218 bilhões, frente ao valor de R$ 129 milhões aportados entre 1995 e 2022.
Anderson, em sua fala, destacou a importância de se integrar a captura da realidade a modelos inteligentes e sistemas de informações geográficas, o que, para ele, é um dos principais caminhos para aplicar a engenharia digital na infraestrutura de transportes.

- Anderson Alvarenga Ferreira
Ele apresentou exemplos de como a tecnologia pode ajudar o DNIT a gerir obras de construção e manutenção, mesmo a distância, utilizando, por exemplo, drones ou câmeras 360. “Isso pode nos dar mais agilidade na tomada de decisões importantes, sem que seja necessário o deslocamento físico até o local da obra, reduzindo custos e agilizando a execução dos serviços”, pontuou Anderson.
Por fim, Fábio Nunes falou sobre a modernização do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (PROARTE), que tem passado por reformulações que visam o aprimoramento de suas metodologias, dando mais agilidade às ações da autarquia na gestão de Obras de Arte Especiais (OAEs).

- Fábio Nunes
Uma das soluções apresentadas pelo diretor é o uso de satélites para a supervisão das estruturas, o que permitiria monitoramento contínuo, cobertura extensiva, precisão milimétrica, histórico retroativo, além de uma análise preditiva que permitiria prever comportamento críticos, tudo sem que haja custos para instalação de equipamentos físicos.
"O impacto de uma solução como esta, em primeiro lugar, seria o salvamento de vidas, mas também a redução de custos operacionais e, por consequência, mais segurança jurídica para a execução dos nossos trabalhos. Por isso é tão importante que a gente trabalhe com o olhar voltado para a modernização institucional do DNIT", disse Fábio.
Painéis e trabalhos acadêmicos
Ainda nesta terça-feira, servidores do DNIT apresentaram sete trabalhos acadêmicos de grande relevância para o setor. Além disso, as servidoras Luciana Nogueira e Beatriz Gouveia estiveram no painel com o tema "Conectando técnica e inovação na pavimentação nacional. Já a servidora Michelle Fragoso falou sobre desapropriação e reassentamento.
A programação da 50ª RAPv e do 27º Enacor segue até a próxima quinta-feira, com vasta participação de servidores do DNIT.