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Obras no Pedral de Nova Avanhandava avançam e impulsionam a hidrovia Tietê-Paraná
As obras de derrocamento do Pedral de Nova Avanhandava, no estado de São Paulo, seguem em ritmo acelerado. Uma equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) esteve no local, entre os dias 10 e 12 de junho, para acompanhar a execução dos trabalhos de ampliação do canal de navegação na hidrovia Tietê-Paraná.
Fruto de um convênio entre o DNIT e o Governo de São Paulo, o empreendimento prevê o aprofundamento do canal em 3,5 metros ao longo de 16 quilômetros, com a remoção de 552 mil metros cúbicos de material rochoso. O investimento total é de R$ 293,8 milhões.
Para garantir mais eficiência e segurança na execução, a obra conta com o chamado “plano de fogo”, que prevê duas detonações diárias. Além disso, foi realizado o primeiro desmonte de rocha subaquático com o uso do sistema “plasma” — uma tecnologia inovadora que gera menos vibrações, permitindo a fragmentação de rochas mesmo em áreas próximas as estruturas da ponte e da barragem.
A obra possui grande importância estratégica para a logística regional, assegurando a navegabilidade mesmo em períodos de estiagem, aumentando a capacidade de movimentação de cargas na hidrovia. Com isso, espera-se a redução dos custos de transporte e o fortalecimento do desenvolvimento econômico das regiões atendidas.
Setores como o agrícola serão diretamente beneficiados, com maior eficiência no escoamento de produtos e insumos, fortalecendo a competitividade das cadeias produtivas. Em 2024, as hidrovias da bacia do Paraná já movimentaram 3.439.902 toneladas de carga.
A previsão é que o empreendimento seja concluído no segundo semestre de 2026, representando um marco para a infraestrutura aquaviária e logística da região. A hidrovia Tietê-Paraná, com seus 2,4 mil quilômetros de extensão, teve um aumento de 120,7% na movimentação de cargas entre 2022 e 2023, com destaque para o transporte de cana-de-açúcar, milho e soja.