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Na BR-116/RS, DNIT precisou criar caminho de pedras para liberar o tráfego na região metropolitana de Porto Alegre
A BR-116/RS é uma das principais rodovias do Brasil, cortando o país da cidade de Fortaleza, no Ceará, até o município de Jaguarão, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Durante as enchentes que assolaram o estado em maio de 2024, o segmento foi afetado em diversos pontos, deixando várias cidades gaúchas sem ligação com outros municípios.
Nas proximidades do km 246, na ponte sobre o Rio dos Sinos e o acesso ao bairro da Scharlau, em São Leopoldo, o rompimento de um dique inundou a rodovia e em apenas quatro dias o DNIT construiu um caminho com pedras, retomando a ligação da região metropolitana de Porto Alegre à serra gaúcha, por meio de um caminho assistencial.

- BR-116/RS
Três dias após o início da emergência, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, Fábio Nunes, chegou ao estado para ajudar na tomada de decisões frente aos desafios impostos ao órgão. "Não tinha outro jeito, a gente tinha que fazer um caminho naquele trecho que passava nos Sinos, para que a gente conseguisse dar um tipo de escoamento para a população que estava isolada", conta.
"Essa obra, do início, desde que começamos a montar o aterro, até a retirada, durou praticamente 60 dias. Depois, nós usamos o material que foi colocado sobre a rodovia na própria recuperação das encostas em outros pontos da BR-116/RS", completa Carlos Vieira, chefe da Unidade Local do DNIT em São Leopoldo/RS.

- BR-116/RS
Dezenas de encostas cederam nos primeiros dias de chuva, bloqueando a rodovia em diversos pontos e deixando veículos presos ao longo do segmento, exigindo resiliência do corpo técnico do DNIT para abrir caminhos para a população, mas, ao mesmo tempo, tendo de prezar pela segurança de todos.
Ponte do Caí
Um dos principais marcos do DNIT durante a emergência do Rio Grande do Sul foi a rápida construção da nova ponte sobre o Rio Caí, no km 174 da BR-116/RS. A estrutura antiga não suportou a força da água e colapsou durante o maior desastre natural que atingiu o RS, precisando ser demolida para o erguimento de uma nova estrutura.

- BR-116/RS
A nova ponte, que liga os municípios de Nova Petrópolis e Caxias do Sul, foi entregue antes do previsto. "Nós fizemos um projeto novo, uma ponte mais alta, mais comprida e com encaixe melhor na rodovia, em tempo recorde. A obra era prevista para oito meses e realizamos em seis meses", destaca Daniel Bencke, chefe da Unidade Local do DNIT em Vacaria/RS.
Com investimento de R$ 31 milhões, a nova ponte é classe 45, ou seja, com capacidade máxima de 45 toneladas. Outra melhoria deste novo projeto é relativa à altura da travessia, que é 1,5 metro mais alta que a antiga. Os motoristas agora trafegam em uma ponte mais elevada e mais segura com 180,5 metros de comprimento e 13 metros de largura, composta por uma pista com duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada e dois acostamentos de 2,50 metros.

- BR-116/RS
"Todo mundo ficou muito agradecido por isso, porque na realidade nunca se viu uma obra governamental ser inaugurada tão rápido e com todo êxito. Foi um alívio muito grande para todo mundo, quando viram que podiam novamente circular, diminuir distâncias, unir afetos, abraços, beijos novamente, acho que isso foi o mais importante", diz emocionada Juceli Boschetti, engenheira agrônoma e moradora da região.
Desde o primeiro dia das chuvas, as equipes do DNIT trabalharam de forma ágil, incansável e sem medir nenhum esforço. Assim, a autarquia devolveu cem por cento da mobilidade à população gaúcha, conectando não apenas as estradas, mas as pessoas, sonhos e milhares de histórias de vida.
"Isso mostra como o DNIT é importante para a missão da Casa, que é dar acesso à população, do direito de ir e vir, e eu acho que isso nunca foi tão forte”, salienta Fábio Nunes.