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Em 2025, manter a qualidade da infraestrutura foi o compromisso do DNIT na Região Sudeste
Com o propósito de garantir uma infraestrutura de transportes de excelência para a população brasileira, as equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) desenvolveram, ao longo de 2025, ações essenciais para a logística do país na Região Sudeste.
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo somam uma malha rodoviária de 6 mil quilômetros sob responsabilidade da autarquia. Para reafirmar o compromisso com a melhoria das estradas e atender também aos modais aquaviário e ferroviário, foram investidos cerca de R$ 733,3 milhões nos quatro estados.
É importante destacar que Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo têm boa parte de suas rodovias federais concedidas à iniciativa privada. Minas Gerais, por sua vez, concentra 81% de toda a extensão sob administração direta do DNIT na região e, por esse motivo, foi o estado que mais recebeu recursos — aproximadamente 73% do total destinado ao Sudeste.
Ao longo do ano, o trabalho contínuo das equipes nas rodovias, aliado à ampliação dos investimentos, refletiu em resultados expressivos no Índice de Condição da Manutenção (ICM), da Região Sudeste que está cerca de 89% em condições adequadas e seguras de trafegabilidade.
Com a segunda maior malha rodoviária sob responsabilidade do DNIT no Brasil — cerca de 4,9 mil quilômetros —, Minas Gerais manteve, em 2025, o propósito de dar continuidade aos empreendimentos do Novo PAC iniciados no ano anterior e de avançar na melhoria da qualidade das estradas, com forte investimento em manutenção.
Ao longo do ano, foram aplicados no estado aproximadamente R$ 538,2 milhões. A maior parte do montante — R$ 449,4 milhões — foi destinada à conservação e à restauração das rodovias, ações percebidas diariamente pelos usuários. Com 52 contratos de manutenção em andamento, voltados à recuperação e revitalização da malha rodoviária mineira, o estado alcançou um resultado expressivo: 100% das estradas encerraram o ano com serviços que estão devolvendo condições adequadas de trafegabilidade.
O empenho das equipes nas frentes de trabalho rotineiras também garantiu avanço consistente no Índice de Condição da Manutenção (ICM). No comparativo entre dezembro de 2022 e o último levantamento de 2025, o percentual na classificação “bom” passou de 45,5% para 56%, enquanto o índice “regular” atingiu 28%. Isso significa que 84% de toda a extensão rodoviária mineira apresenta condições mais seguras e eficientes.
No campo das obras de construção, Minas Gerais também avançou de forma significativa, especialmente nos empreendimentos contemplados pelo Novo PAC. A construção e restauração de 57,41 quilômetros da BR-135/MG, entre Manga e Itacarambi (do km 82 ao km 139,41), contará com investimento superior a R$ 270 milhões do Governo Federal. O empreendimento trará impacto positivo para a economia regional e nacional, reduzindo custos de transporte, facilitando o escoamento da produção agropecuária — especialmente de gado e algodão — e estimulando o desenvolvimento econômico entre as regiões Sudeste e Nordeste.
Os esforços para avançar nas obras estruturantes do estado continuam. As equipes do DNIT progridem na pavimentação de segmentos que ainda permaneciam em leito natural, com destaque para as intervenções na BR-367/MG e na BR-265/MG, ambas incluídas no Novo PAC.
Na BR-367/MG, entre Salto da Divisa e Almenara (do km 0 ao km 61,6), no Vale do Jequitinhonha, está previsto um investimento total de R$ 409,5 milhões. Para otimizar a execução, o DNIT priorizou um trecho de 15,32 quilômetros, dos quais sete quilômetros foram entregues no fim de 2025, enquanto os 8,32 quilômetros restantes terão continuidade em 2026.
Outro destaque de 2025, em Minas Gerais, é o avanço na implantação do trecho de 9,43 quilômetros entre Alpinópolis e Jacuí, na BR-265/MG. A rodovia, fundamental para a fluidez do tráfego entre o estado e São Paulo, teve quatro quilômetros de pavimentação concluídos em 2025, e os demais serão finalizados em 2026.
A entrega, em outubro, de duas pontes — uma em Ilicínea (km 473) e outra em Boa Esperança (km 458), ambas na BR-265/MG —, construídas em caráter emergencial, já garante maior fluidez ao tráfego e oferece uma travessia mais segura aos usuários.
Outras três pontes estão em construção no estado. Localizadas na BR-356/MG, entre Ervália e Muriaé, na Zona da Mata, essas travessias estão sendo erguidas em substituição a estruturas antigas e fazem parte do compromisso do DNIT de oferecer condições mais modernas e seguras aos motoristas. As novas pontes serão totalmente liberadas ao tráfego em 2026. Duas delas — sobre o Ribeirão dos Bagres e sobre o Rio Preto — estão em estágio mais avançado e dependem apenas da conclusão das alças de acesso. A terceira, sobre o Córrego Turvão, será finalizada ao longo do próximo ano.
O início da elaboração dos projetos dos lotes 8A e 8B da BR-381/MG — destinados à duplicação de 18 e 13,4 quilômetros, respectivamente, entre Belo Horizonte e Caeté — marcam, em 2025, o fortalecimento das obras estruturantes para Minas Gerais, especialmente no acesso à capital.
Entre Montes Claros e Jequitaí, na BR-365/MG, seguem em andamento serviços de fresagem e recapeamento, microrrevestimento, recuperação de erosões e estabilização de taludes. O segmento de 93,1 quilômetros está com aproximadamente 80% das obras concluídas e será finalizado em 2026, melhorando diretamente a trafegabilidade dos trechos que passam por Montes Claros, Claro dos Poções e Jequitaí.
Com uma malha rodoviária de 602 quilômetros de extensão e um investimento de R$ 101 milhões ao longo de 2025, os técnicos do DNIT no Espírito Santo concentraram esforços na manutenção e na segurança viária. Com um ICM de 82% na classificação “bom”, o estado manteve suas rodovias em condições adequadas, oferecendo estradas bem sinalizadas e com pavimento dentro dos parâmetros técnicos exigidos.
Os indicadores elevados registrados em 2025 resultam, especialmente, do efeito acumulado das intervenções dos anos anteriores. Ao longo do ano, o Espírito Santo destinou mais da metade de seu orçamento à manutenção da malha, garantindo que 100% das rodovias estivessem amparadas por contratos de conservação e restauração, o que permitiu que permanecessem dentro dos critérios de qualidade e segurança.
A autarquia reforça a necessidade de continuidade das ações preventivas para assegurar a sustentabilidade da malha rodoviária no estado. Nesse sentido, as equipes têm atuado intensamente em serviços rotineiros de manutenção e conservação. Destacam-se as intervenções funcionais, como a recuperação de pavimento, a aplicação de microrrevestimento asfáltico e o reforço na sinalização horizontal e vertical. Esses trabalhos contribuem para a melhoria da fluidez do tráfego e garantem mais conforto e segurança aos usuários.
Um exemplo do avanço dessas ações está na recuperação da BR-262/ES, da BR-447/ES e da BR-482/ES, que alcançaram classificação “bom” em 100% de suas extensões.
Também contribuem para a boa qualidade da malha rodoviária capixaba as atividades de manutenção preventiva das Obras de Arte Especiais (OAEs). Por meio do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (PROARTE), 63 estruturas — entre pontes, viadutos e pontilhões — receberam atenção redobrada ao longo de 2025. Localizadas nas BR-259/ES, BR-262/ES, BR-342/ES, BR-393/ES, BR-482/ES e BR-484/ES, essas estruturas passaram por melhorias que terão continuidade em 2026.
Entre os serviços realizados estão recomposição de drenos, recuperação de guarda-corpo, selagem superficial de fissuras, limpeza de superfícies de concreto, instalação de pingadeiras de elastômero, implantação ou restauração de juntas de dilatação e pintura manual com nata de cimento, entre outros.
As obras estruturantes contempladas no Novo PAC também contribuem, para que a malha rodoviária do Espírito Santo mantenha um ICM elevado, oferecendo uma infraestrutura de transporte moderna e eficiente.
Com empreendimentos inseridos no programa do Governo Federal, o estado conta atualmente com três importantes iniciativas em andamento: a elaboração dos projetos de duplicação da BR-259/ES, entre João Neiva e Aimorés; a duplicação da BR-262/ES, de Viana até a divisa com Minas Gerais; e as obras de construção do acesso Capuaba, na BR-447/ES. Esta última possui investimento total estimado em R$ 236 milhões e já está com mais de 70% da execução concluída.
Uma gestão fortalecida pela ampliação de investimentos e por um planejamento eficiente contribuiu para a modernização das rodovias no eixo Rio de Janeiro–São Paulo. Os dois estados estão entre aqueles com menor extensão de malha rodoviária sob responsabilidade do DNIT no país — 486 quilômetros no Rio de Janeiro e 53 quilômetros em São Paulo. Juntos, somaram R$ 94,2 milhões em investimentos ao longo do ano, incluindo ações voltadas também aos modais aquaviário e ferroviário.
No Rio de Janeiro, a situação das rodovias sob administração do DNIT em 2025 reflete, em grande parte, os investimentos realizados em 2023 e 2024. Atualmente, de acordo com o ICM, a malha fluminense está 77% em condições apropriadas de tráfego. Esse índice é resultado direto das ações de conservação, dos serviços emergenciais e da eliminação de pontos críticos executadas ao longo do ano.
O foco das equipes fluminenses concentra-se na execução das obras de contenção de encostas na BR-354/RJ, destinadas à eliminação de pontos críticos. As frentes de trabalho atuam em cinco locais da rodovia — km 0,6; km 1,6; km 9,2; km 13,9; e km 17,5 — realizando intervenções de estabilização e drenagem. Quando concluídas, essas melhorias tornarão a rodovia mais resiliente a eventos climáticos severos, ampliando a segurança dos usuários.
A BR-393/RJ, incluindo o Contorno de Volta Redonda, também recebeu serviços de manutenção rodoviária, contenções remanescentes, recuperação de passarelas de pedestres e obras emergenciais, reforçando o compromisso da autarquia com a trafegabilidade e a segurança viária.
Em Barra Mansa, segue em fase final de execução a terceira etapa da adequação da linha férrea EF-222/RJ. O empreendimento, contemplado no Novo PAC, já apresenta 90% dos serviços concluídos e conta com investimento de R$ 68,5 milhões do Governo Federal.
A obra permitirá maior racionalização do uso da infraestrutura ferroviária na área urbana do município, gerando ganhos em segurança operacional e contribuindo para a melhoria da mobilidade urbana da população.
Em São Paulo, a malha rodoviária federal encontra-se, em sua maior parte, concedida à iniciativa privada ou sob gestão do Governo do Estado e dos municípios. Sob a responsabilidade direta do DNIT, permanecem trechos da BR-158/SP, BR-262/SP, BR-459/SP e BR-448/SP.
Das quatro rodovias avaliadas, três — BR-158/SP, BR-262/SP e BR-459/SP — apresentaram desempenho positivo, com 100% da malha classificada como “boa”, conforme o Índice de Condição da Manutenção (ICM). O resultado evidencia a evolução contínua dos serviços de manutenção, garantindo que toda a extensão sob responsabilidade da autarquia em São Paulo atingisse excelentes condições de trafegabilidade.
Infraestrutura aquaviária avança no RJ e em SP
Em 2025, dois projetos marcaram o avanço da infraestrutura hidroviária na Região Sudeste. No Rio de Janeiro, Maricá iniciou os estudos para a implantação de uma hidrovia no Complexo Lagunar Maricá–Guarapina, resultado de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o DNIT e a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).
A parceria tem como objetivo transformar o complexo lagunar — com mais de 34 km² de extensão — em uma rota de transporte aquaviário eficiente e integrada. A maior parte da área está localizada em Maricá, com uma pequena faixa em Niterói. A proposta também prevê a construção de Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4), possibilitando o embarque e o desembarque de passageiros em pontos estratégicos da cidade.
Durante o ano, foram iniciados os estudos ambientais e de viabilidade técnica, que vão subsidiar o processo de licenciamento ambiental e a definição dos trechos com maior potencial de navegabilidade. A iniciativa está alinhada aos princípios da mobilidade sustentável e busca oferecer uma alternativa ao transporte rodoviário, contribuindo para a redução do tráfego urbano e das emissões de gases poluentes.
Em São Paulo, as obras no Pedral de Nova Avanhandava avançaram significativamente em 2025. O trecho, considerado um dos principais obstáculos à navegação, está sendo executado como parte das ações previstas no Novo PAC.
O empreendimento, fruto de um convênio entre o DNIT e o Governo do Estado de São Paulo, prevê o aprofundamento do canal em 3,5 metros ao longo de 16 quilômetros, com a remoção de 552 mil metros cúbicos de material rochoso. O investimento total é de R$ 293,8 milhões.
Para garantir maior eficiência e segurança na execução, a obra conta com um “plano de fogo”, que estabelece duas detonações diárias. Além disso, foi adotada a tecnologia plasma para o desmonte subaquático de rochas — solução inovadora que reduz vibrações e permite intervenções em áreas próximas a estruturas sensíveis, como pontes e barragens.
Com a remoção do pedral, será possível assegurar a navegação contínua entre os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, fortalecendo o transporte hidroviário de cargas como grãos e insumos agrícolas. A obra também deve gerar empregos, reduzir custos logísticos e consolidar o modal hidroviário como uma alternativa eficiente e ambientalmente responsável.
No âmbito da sinalização, o DNIT atua em toda a calha do Rio Paraná, no estado de São Paulo, abrangendo aproximadamente 1.130 quilômetros de vias navegáveis sob responsabilidade da autarquia. Nesse trecho, estão instalados 919 balizamentos flutuantes, compostos por boias, e 103 balizamentos fixos, formados por placas e faroletes de sinalização.
A extensão está dividida em quatro trechos que fazem divisa com cinco estados brasileiros e com o Paraguai, em uma região estratégica para o escoamento da produção agropecuária do Centro-Oeste. A navegabilidade nesse segmento é mantida pelo DNIT em conformidade com o Índice de Eficiência Mensal de Balizamento, definido pela Norma da Autoridade Marítima para Auxílio à Navegação (NORMAM 601/DHN), da Marinha do Brasil.
Além disso, o DNIT é responsável pela manutenção da navegabilidade do Canal de Pereira Barreto — o segundo maior canal artificial do mundo em extensão, atrás apenas do Canal do Panamá. Em 2025, a autarquia avançou na contratação do projeto de restauração do canal, reforçando o compromisso com a segurança e a eficiência da infraestrutura aquaviária nacional.
As ações de manutenção das eclusas ganharam ritmo significativo em 2025, com foco especial nas atividades preventivas - contemplando melhorias nos sistemas elétricos, no circuito fechado de TV e nos equipamentos de combate a incêndio. Esse esforço contínuo permitiu manter a disponibilidade operacional das estruturas durante praticamente todo o período.
O que vem por aí: obras e mais melhorias para a logística do país
Os estados da Região Sudeste caminham para um 2026 marcado pela consolidação das ações já em andamento. Além da continuidade das obras de construção e dos serviços de manutenção e conservação, o próximo ano trará forte ênfase na elaboração de projetos e no planejamento voltado à infraestrutura de transportes.
Em Minas Gerais, além da conclusão da construção das três pontes na BR-356/MG — sobre o Córrego Turvão, o Ribeirão dos Bagres e o Rio Preto —, os trabalhos prosseguem em rodovias essenciais para o deslocamento no interior do estado.
A finalização dos projetos de duplicação da BR-381/MG (lotes 8A e 8B) permitirá o início das obras já nos primeiros meses de 2026, tirando do papel um dos empreendimentos mais aguardados pelos mineiros.
A implantação e pavimentação dos 9,43 quilômetros remanescentes da BR-265/MG, entre Alpinópolis e Jacuí, têm conclusão prevista para o segundo semestre de 2026. Já a adequação, restauração e melhoria de 57,41 quilômetros da BR-135/MG, entre Manga e Itacarambi — iniciada em 2025 — deverá avançar de forma significativa no próximo ano.
Os projetos básicos e executivos de adequação e duplicação de quase 200 quilômetros da BR-365/MG, entre Patrocínio e Patos de Minas, estão em fase final de elaboração.
No Espírito Santo, a obra da BR-447/ES, atualmente com cerca de 70% dos serviços executados, seguirá em ritmo acelerado. O empreendimento tem como objetivo promover a integração socioeconômica e segregar o tráfego pesado com destino ou origem no Porto de Capuaba e em sua retroárea, beneficiando diretamente os municípios de Cariacica, Vila Velha e Viana. A iniciativa fortalecerá a logística da Região Metropolitana da Grande Vitória, favorecendo o escoamento de mercadorias, a expansão urbana no interior do estado e a melhoria das condições de trafegabilidade, com aumento da velocidade média e mais segurança para motoristas e pedestres.
Os projetos de engenharia no Espírito Santo também avançam e terão continuidade em 2026, como o de adequação de capacidade e restauração da BR-262/ES. O segmento será licitado em três editais distintos, com o objetivo de garantir maior eficiência na execução das obras.
O DNIT se prepara para tirar do papel um dos projetos mais aguardados do Noroeste Fluminense: o Contorno Rodoviário de Itaperuna, na BR-356/RJ. O futuro traçado, com 16,88 quilômetros de extensão, promete reorganizar o fluxo de veículos que hoje atravessa a área urbana do município. O contrato prevê a elaboração dos estudos e dos projetos básico e executivo de engenharia, incluindo interseções e obras de arte especiais que darão forma ao novo contorno. A iniciativa é considerada um passo decisivo para ampliar a mobilidade, reduzir conflitos de tráfego e trazer mais segurança a motoristas e moradores da região.
Para 2026, em São Paulo, está prevista a contratação da obra de restauração e melhoria do Canal de Pereira Barreto, que, após concluída, permitirá ampliar o escoamento de produtos do agronegócio do Centro-Oeste. A intervenção viabilizará, em especial, a operação comercial em larga escala na rota São Simão (GO) – Pederneiras (SP), possibilitando o trânsito de embarcações.
O empreendimento também permitirá a efetiva integração entre os modais aquaviário e ferroviário no escoamento de grãos pelo Porto de Santos, garantindo um sistema de transporte mais econômico no médio e longo prazo e ambientalmente mais sustentável.




