Ao lado de Lula, ministra da Cultura participa da inauguração do Museu das Amazônias, em Belém

Em Belém, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agendas integradas à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou nesta sexta-feira (3) da inauguração do Museu das Amazônias (MAZ), no Complexo Porto Futuro II. Também estiveram presentes a primeira-dama, Janja da Silva, e o governador do Pará, Helder Barbalho e as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O presidente enfatizou o legado das melhorias para a capital paraense e para o estado.

"A COP é o evento que vai durar 20 dias, no máximo. Depois, essas obras todas vão ficar para o povo do estado do Pará, para o povo da cidade de Belém", afirmou Lula.

O Museu das Amazônias é um espaço dedicado a valorizar a ciência e a tecnologia da região. Com parceria técnica e apoio financeiro não reembolsável de R$ 10 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o equipamento foi projetado para ser uma referência em práticas museológicas inovadoras, inclusivas e conectadas aos territórios.

O Ministério da Cultura (MinC) autorizou o Museu das Amazônias e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) a captação de R$ 24,7 milhões por meio da Lei Rouanet para o projeto. Até o momento, já foram captados mais de R$ 17,9 milhões.

Na sequência, o presidente e a comitiva de autoridades conferiram a exposição Amazônia, de Sebastião Salgado, que morreu em maio deste ano.

Juntamente com o filho do fotógrafo, Juliano Salgado, o grupo circulou pelas salas da mostra, que reúne cerca de 200 imagens.

“Essa cultura do Norte precisa cada vez mais despontar para o Brasil. E o Pará, assim como a região, têm uma cultura de pertencimento, de nacionalização, que nos engrandece. E a cultura daqui terá mais um grande ponto de atração com esse museu”, declarou a ministra durante a visita que contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entre outras autoridades.

A instituição dispõe de dois grandes espaços expositivos, de 950 m² e 500 m². Conta ainda com loja, sala multiuso e educativa de 77 m². O espaço multiuso tem estrutura modular, recursos multimídia e capacidade para 130 pessoas sentadas.
A programação de abertura contempla também a mostra Ajurí, com oito instalações de artistas da região Norte e de outras partes do país. Entre as linguagens artísticas estão pintura, fotografia, vídeo, escultura e outras experiências imersivas.

Centro Gastronômico

Na sequência, o presidente, a primeira-dama e a titular da Cultura estiveram no Centro Gastronômico, que abriga vários restaurantes de culinária paraense e amazônica.

O objetivo é oferecer uma experiência diversa, que destaca produtores e sabores da região, e fomenta a economia criativa com o trabalho de empreendedores do estado. O projeto reúne 15 empreendimentos locais.
A comitiva também visitou o Parque de Bioeconomia, primeiro espaço do país voltado a startups, industrialização de produtos florestais e cadeias produtivas sustentáveis. O local será um centro de negócios, pesquisa e inovação direcionado à industrialização de produtos da floresta e ao fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.

Depois, o presidente realizou vistoria no Parque da Cidade, que irá sediar os eventos da COP30 e está em uma área de 500 mil m² .

O local foi aberto em julho de 2025, recebendo mais de 670 mil visitantes antes de ser fechado para a montagem das estruturas da Conferência. Conta com Centro de Economia Criativa, Centro Gastronômico, cinema, teatro, biblioteca, torre de contemplação, quadras poliesportivas, ciclovia e um parque aquático infantil.

Porto Futuro II

Também nesta sexta foram visitadas as obras de macrodrenagem e urbanização do Canal da União. Depois, as obras do Porto Futuro II, complexo cultural e de lazer que se encontra em fase de conclusão e requalifica o antigo porto industrial da capital paraense.

O projeto ocupa uma área de 50 mil m² e reúne cinco armazéns históricos, que foram restaurados para abrigar o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural e o Porto Gastronômico.