O Ministério das Cidades apresenta a estratégia de adaptação das cidades à mudança do clima, uma iniciativa que coloca a adaptação climática no centro da agenda urbana, com foco na redução das desigualdades urbanas, na promoção de cidades mais resilientes e na proteção da vida.
A estratégia reconhece que os impactos da mudança do clima já estão presentes em nosso cotidiano e que é urgente preparar as cidades brasileiras para enfrentar as ameaças que tendem a se intensificar nos próximos anos.
Elaborada pelo Grupo de Trabalho Cidades – Adaptação (GT-Cidades Adaptação), a estratégia é resultado de um processo intersetorial e participativo, envolvendo diferentes secretarias do Ministério das Cidades, outros órgãos federais, apoio técnico de instituições de pesquisa, especialistas e contribuições da sociedade civil.
Os impactos da mudança do clima já estão presentes em nosso cotidiano e é urgente preparar as cidades brasileiras para enfrentar as ameaças que tendem a se intensificar nos próximos anos.
Principais ameaças climáticas às cidades brasileiras
São quatro ameaças centrais:
Aumento das chuvas extremas, persistentes e de ventos severos: eventos que podem causar enchentes, alagamentos, deslizamentos de encostas, danos a infraestruturas e riscos diretos à população.
Aumento de temperaturas médias e máximas e maior intensidade e frequência das ondas de calor: fenômenos que agravam a sensação térmica em áreas urbanas com ilhas de calor, danificam infraestruturas, afetam a saúde da população e sobrecarregam os sistemas de energia.
Aumento da duração e frequência das secas e prolongamento das estiagens: situações que pressionam o sistema de abastecimento de água, comprometem a agricultura urbana e periurbana e impactam diretamente a qualidade de vida, sobretudo nas regiões mais vulneráveis.
Elevação do nível médio do mar: ameaça que afeta cidades costeiras, colocando em risco moradias, infraestrutura urbana, edifícios e ecossistemas que protegem o litoral.
Riscos da mudança do clima para as Cidades
Identifica-se um risco relevante para as Cidades em função da crise climática:
O risco da fragilização do direito à cidade e redução da qualidade de vida urbana, especialmente para populações mais vulnerabilizadas, que são as primeiras a sentir os efeitos das crises climática.
A partir dele, podemos destacar outros três riscos que fazem parte deste maior e que estão diretamente vinculados a setores estruturantes da infraestrutura urbana:
Risco de aumento da precariedade e inadequação habitacional, com maior impacto nas famílias em áreas de risco de alagamentos, deslizamentos e calor extremo.
Risco de redução da qualidade do serviço e do acesso ao saneamento básico, impactando diretamente a saúde pública e a segurança hídrica.
Risco de redução da qualidade dos serviços de transporte e do acesso à mobilidade urbana, dificultando a circulação, a economia local e a integração social nas cidades.
Objetivos setoriais
A estratégia de adaptação das cidades à mudança do clima coloca três objetivos setoriais para orientar a ação governamental nas cidades até 2035:
Aprimorar e difundir informações e fomentar pesquisas sobre adaptação climática para subsidiar políticas urbanas mais resilientes;
Aprimorar a gestão, a governança e o planejamento urbano, fortalecendo capacidades institucionais para enfrentar a emergência climática;
Adaptar infraestruturas e serviços urbanos por meio de soluções sustentáveis e inclusivas, promovendo a justiça climática.
UNIDADE RESPONSÁVEL
Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano
Coordenação-Geral de Adaptação das Cidades às Mudanças Climáticas (CGAMC/SNDUM/MCID)
Contato: cgac@cidades.gov.br