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Esporte de Base
Delegação brasileira da 19ª Gymnasiade recebe homenagem no Palácio do Planalto
Fotos: Valter Campanato / Agência Brasil
Trajando verde e amarelo, medalhas no peito e sorrisos orgulhosos, os atletas que representaram o Brasil na 19ª edição da Gymnasiade foram recebidos no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (6.07), pelo presidente da República, junto do ministro da Cidadania e do secretário especial do Esporte.
Os brasileiros formaram a maior delegação do país na história da competição escolar, que ocorreu entre os dias 14 e 22 de maio, na França. Foram 230 atletas, sendo que 20 deles vieram à capital federal para o evento. Além disso, 116 técnicos, árbitros, coordenadores, chefes e subchefes completaram a equipe do Brasil.
O time terminou em 2º lugar no ranking de medalhas, com 126 conquistas. Foram 45 ouros, 45 pratas e 36 bronzes. Os donos da casa, os franceses, ficaram no lugar mais alto da classificação com 130, sendo 51 de ouro.
Para coroar a participação, o Brasil ainda venceu o troféu fair play da 19ª Gymnasiade, que é entregue à delegação vista como a mais simpática e que recebe mais atenção dos demais participantes.
Alvo definido: Paris-2024
Entre tantos nomes brilhantes para ficar de olho no futuro, Elias Santos e Larissa Rodrigues são uma dupla que almeja muitas medalhas e voos altos em 2024. Ambos têm 17 anos. Ele compete no atletismo e conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze. Enquanto ela é nadadora paralímpica e levou uma medalha de prata nos 50m borboleta.
A primeira vez de Elias na Europa não poderia ter sido melhor. “É gratificante ter ido pra lá e trazer três medalhas para o Brasil”, disse. “Eu recebo a Bolsa Atleta do Ministério da Cidadania e ela ajuda bastante. Para ser um atleta é preciso muito investimento e eu só tenho a agradecer.”
“Eu vinha de uma temporada ruim, mas estava bem treinado e sabia que eu poderia acertar em alguma prova e, para a minha felicidade, eu acertei na Gymnasiade”, analisou Elias. “Eu fui recordista Norte-Nordeste em uma prova que não era a minha, no 400m, e a meta é bater mais. Os recordes existem e eu estou treinando para batê-los.”
O foco do jovem de Ulianópolis, no Pará, cidade que fica a 400km de Belém, está, primeiramente, no Mundial Sub-20, que acontece em agosto, na Colômbia, depois no Sul-Americano Sub-23 e, como um bom sonhador, na Olimpíada de Paris 2024. “Eu estou a cinco segundos do índice olímpico. É um pouco difícil, mas eu treino para isso, estou focado nisso e vou em frente”.
O objetivo de Larissa não é muito diferente. “Estou treinando muito para isso e eu acredito que tenho chances de participar”, afirmou a nadadora da classe S3, dedicada a atletas com falta de coordenação motora de baixo grau na parte superior do tronco e nos braços, de alto grau no tronco e nas pernas, com deficiência física geral de baixo grau e com ausência de membros.
No caso da paratleta de Ipê, no Rio Grande do Sul, ela nasceu com má-formação congênita e começou a nadar em 2015. “O esporte é muito importante para mim porque foi o que transformou a minha vida e me transforma como pessoa diariamente. Eu acho que boa parte do que sou hoje, devo ao esporte. Ele me leva a lugares e faz com que eu conheça pessoas que jamais imaginaria conhecer, além de me dar oportunidade de incentivar e ajudar as pessoas. É um benefício não só para mim, mas para todos que praticam”, relatou Larissa.
“Participar da Gymnasiade foi muito importante para mim. Eu não obtive as minhas melhores marcas dentro do que queria e esperava, mas aprendi muito a me conhecer, a lidar comigo mesma e outras questões de conhecimento que o esporte traz”, contou.
Inversão da pirâmide
A retomada dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s) em 2021, após um hiato de 17 anos, a modernização do Bolsa Atleta e a criação de um benefício para a iniciação esportiva no Auxílio Brasil são alguns dos destaques no apoio ao esporte de base.
Disputado no Rio de Janeiro, com 15 das 17 modalidades no Parque Olímpico da Barra, legado dos Jogos Rio 2016, o JEB’s reuniu 5.114 estudantes-atletas de 12 a 14 anos das 27 Unidades da Federação, além de 1.138 professores e técnicos.
Em 2022, o Brasil ainda sediará o Sul-Americano Escolar e em 2023, o Mundial Escolar Sub-15.
O Auxílio Esporte Escolar é concedido a atletas escolares integrantes de famílias que recebem o Auxílio Brasil e que tenham entre 12 e 17 anos incompletos. São 12 parcelas mensais de R$ 100 pagas ao atleta elegível, mais uma parcela única de R$ 1.000.
Nos últimos três anos, foram entregues 4,2 mil obras de infraestrutura esportiva, em um investimento de R$ 3,6 bilhões, que permitiu reformar, adequar ou construir equipamentos em todo o país, sendo 60 Estações Cidadania inauguradas. São ginásios, pistas de atletismo, campos de futebol, piscinas, academias ao ar livre, estádios, quadras poliesportivas, pistas de skate e quadras de tênis.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania