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Desporto universitário
Cerimônia em Brasília marca abertura da 69ª edição dos JUBs
A etapa nacional dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) foi aberta oficialmente nesta segunda-feira (19.09). Em evento no Centro de Convenções de Brasília, as delegações dos 26 estados e do anfitrião Distrito Federal se apresentaram para as disputas que vão até o dia 25 de setembro. Em seguida, o ministro da Cidadania deu início à 69ª edição dos Jogos.
É o maior JUBs da história do país, então é motivo de orgulho. Esse contato direto com as pessoas envolvidas em um evento como esse faz com que a gente aprimore as políticas públicas”
Ronaldo Bento, ministro da Cidadania
Principal competição do desporto universitário do país, o JUBs reúne cerca de sete mil participantes, entre atletas, árbitros, comissões técnicas e voluntários. “É o maior JUBs da história do país, então é motivo de orgulho. Esse contato direto com as pessoas envolvidas em um evento como esse faz com que a gente aprimore as políticas públicas”, afirmou Ronaldo Bento, ministro da Cidadania.
O sistema de competições de base foi destacado pelo ministro como forma de fortalecer a base da pirâmide esportiva brasileira. “Estamos pensando de uma maneira macro, de deixar um legado para nossos jovens. Isso passa pelo fortalecimento dos Jogos Escolares, da Juventude e Universitários”, prosseguiu. “O JUBs é o final da escala de aprimoramento da divisão de base no nosso país. A gente tem o objetivo, que sempre foi o nosso carro chefe, de reestabelecer a plataforma escolar e ela termina nestes Jogos”, ressaltou Ronaldo Bento.
A edição de 2022 conta com o suporte de um Termo de Fomento estabelecido entre a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), responsável pela organização da competição, e a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. O valor total é de R$ 8,7 milhões. São R$ 5,7 milhões a partir de emendas parlamentares e R$ 3 milhões do orçamento do Ministério da Cidadania.
Inverter a base da pirâmide começa com o fomento no esporte escolar. Hoje temos grandes competições eletivas tanto para o Auxílio Esporte Escolar como para o Bolsa Atleta. A gente começa a criar uma cadeia interligada nesse processo de Jogos Escolares”
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
“Inverter a base da pirâmide começa com o fomento no esporte escolar. Hoje temos grandes competições eletivas tanto para o Auxílio Esporte Escolar como para o Bolsa Atleta. A gente começa a criar uma cadeia, entregamos os jovens que saem do JEBs e vão para o JUBs mais bem preparados nesse processo de Jogos Escolares”, explicou Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Voltada para atletas matriculados no ensino superior, o megaevento terá disputas em 28 modalidades, entre acadêmicas, olímpicas, paralímpicas e de esportes eletrônicos. São mais de 20 locais de competição. Brasília também sediou a edição de 2021, que não contou com a presença de público em função da pandemia de Covid-19.
A escolha da cidade foi uma forma de retribuir os esforços para receber a competição passada, conforme detalhou Luciano Cabral, presidente da CBDU. “A escolha é uma maneira de homenagear a cidade, que acreditou ser possível realizar a edição passada. A gente resolveu devolver os Jogos para que a cidade pudesse experimentar os JUBs e os atletas conhecerem a própria cidade”, afirmou o dirigente.
O Distrito Federal é o anfitrião dos JUBs 2022. Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania |
Pluralidade
Com representantes de universidades de todo o país, o JUBs também traz a marca da diversidade. Cícero Tavares tem 39 anos e já competiu nos Jogos Mundiais Universitários, sendo campeão no arremesso de disco paralímpico na edição de 2018.
Eu não vivo do esporte, mas vivo com o esporte. É uma motivação para estar sempre estudando. Terminei Direito e agora ingressei em Administração”
Cícero Tavares, do atletismo paralímpico
“Eu não vivo do esporte, mas vivo com o esporte. É uma motivação para estar sempre estudando. Terminei Direito e agora ingressei em Administração”, contou o estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que chega para o quinto JUBs. Ele vai disputar as provas de arremesso de disco e de peso e lançamento de dardo.
“Cada vez é diferente e melhor. Estar nesse ambiente é uma realização pessoal”, prosseguiu Cícero, que é contemplado com a Bolsa Atleta na categoria nacional. Nas modalidades olímpicas e paralímpicas, os resultados dos JUBs são elegíveis para pleitear o incentivo do Ministério da Cidadania. “A Bolsa Atleta ajuda muito, porque conseguimos recursos para se alimentar melhor, comprar passagens para competições e material esportivo”, comentou.
Por outro lado, Vanesom Ativa, 19 anos, fará sua estreia nos Jogos Universitários. Estudante de Direito em uma universidade privada de Boa Vista, ele chega com a expectativa de quebrar recordes estaduais e medir seu nível de competitividade com atletas das outras delegações.
“Além de propor esse momento de socialização, de conviver com pessoas de outros estados, o JUBs nos dá a oportunidade de competir com pessoas de nível mais alto em relação ao que a gente está acostumado no nosso estado. Isso é bom para o nosso rendimento, para futuras metas e já vir no próximo ano com meta de pódio, sabendo como está a galera, como funciona tudo”, projetou o nadador. Ele vai disputar os 50m e 100m borboleta, os 50m livre e os 200m medley.
O nadador Vanesom Ativa cursa Direito e defende a delegação de Roraima no JUBs. Foto: Júlio Dutra/ Ministério da Cidadania |
A estudante de psicologia Maria Fernanda Silva, 19 anos, é outra estreante. Aluna de uma instituição privada de Betim (MG) e atleta do taekwondo, ela considera o JUBs uma oportunidade de desenvolvimento nas duas áreas profissionais. “É um incentivo para além do esporte, é para o cidadão no geral. Além de o esporte ser importante na vida de uma pessoa, a universidade também é. Então, o JUBs é uma junção do atleta e do estudante e acho perfeito para o desenvolvimento do cidadão”, destacou.
É justamente esse o propósito do JUBs, de acordo com o presidente da CBDU: ser uma plataforma de desenvolvimento esportivo e, também, de formação de futuros profissionais. “A gente faz a ponte entre a iniciação, a base, garotos que vem da escola, dos clubes formadores e oferece a plataforma para que eles possam ingressar na universidade e se desenvolver como atletas. Aqueles que têm performances diferenciadas vão para o olimpismo, mas fazem a transição de carreira com uma profissão. A grande maioria não alcança o alto rendimento, mas serão profissionais forjados com valores do esporte”, analisou Luciano Cabral.
A gente faz a ponte entre a iniciação, a base e oferece a plataforma para que eles possam ingressar na universidade e se desenvolver como atletas. A grande maioria não alcança o alto rendimento, mas serão profissionais forjados com valores do esporte”
Luciano Cabral, presidente da CBDU
Estandes
A maior estrutura do JUBS será montada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), com restaurante principal, sala de coordenação, central de logística para ônibus que transportam as delegações, centros de convivência e espaços técnicos. Lá também estão os estandes da Secretaria Nacional de Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania e da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
No espaço da Secretaria de Paradesporto, há uma minipista de bocha paralímpica e espaço para enxadristas cegos. Também estão previstas ações de conscientização e demonstração de modalidades paralímpicas como futebol de 5, rúgbi em cadeira de rodas e parabadminton.
“Nós inauguramos este ano uma ação especial que é um programa de vivência paralímpica, para que os praticantes das demais modalidades, que serão pessoas formadoras de opinião no futuro, já possam desde cedo conhecer o esporte para pessoas com deficiência e também para que a gente possa dar mais visibilidade ao esporte paralímpico do Brasil”, disse José Agtônio Guedes, secretário nacional de Paradesporto.
Já o espaço da ABCD, denominado Estação Jogo Limpo, será utilizado para atividades lúdicas e de educação antidopagem. Haverá explanações sobre como funcionam os procedimentos de controle de dopagem, jogo de dardos em um alvo com valores do esporte e divulgação de materiais educativos.
“Teremos atividades interativas e palestras sobre todas as etapas do controle de dopagem. Isso é de suma importância porque esses atletas universitários podem ser futuros treinadores, médicos, advogados, dirigentes e podem lidar com esporte e a antidopagem, além de poderem ser atletas e estarem sujeitos a testes também”, afirmou Luisa Parente, secretária nacional da ABCD.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania