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Sudene discute propostas para o PRDNE
Foto: Ascom/Sudene
O encontro, realizado no dia 21 de dezembro na sede da Sudene, autarquia responsável pela elaboração do Plano, teve o objetivo de apresentar aos servidores da Autarquia o andamento e as propostas para a construção do PRDNE. Tânia Bacelar foi convidada para proferir uma palestra sobre o tema e, na ocasião, abordou a trajetória recente do Nordeste e os desafios para construir um desenvolvimento sustentável. Ela defende que o diagnóstico foque não apenas nos problemas, mas aponte as potencialidades estratégicas, com o objetivo de fortalecê-las.
Na opinião de Tânia “os velhos complexos econômicos perderam peso na economia regional”, enquanto o fôlego para a economia veio dos novos segmentos, como o agronegócio, agropecuária de base familiar, construção civil e os projetos de energia solar e eólica, que proporcionaram um “dinamismo regional”. A trajetória apresentada mostrou, ainda, que o Nordeste experimentou, recentemente, uma “evolução positiva da base de ciência, tecnologia e informação, com destaque para a expansão das universidades, inclusive no interior do Nordeste, e para o desenvolvimento de polos tecnológicos”. O ponto negativo foi que os gastos federais em C,T&I ainda permanecem concentrados no Sul e Sudeste.
Para a economista, a elaboração do PRDNE “é uma forma de retomar as políticas regionais explícitas", devendo contemplar também os municípios pequenos, os projetos de pequeno e médio portes, além das políticas social e educacional. Investimento em infraestrutura é considerado fundamental, como forma de atenuar a desvantagem competitiva do Nordeste. Segundo Tânia, a tendência é trabalhar esse ponto com o setor privado, podendo utilizar as Parcerias Público-Privadas.
Outras questões apontadas como relevantes foram o apoio político, especialmente dos governadores dos estados que compõem a Região, com o consequente combate à guerra fiscal, e um modelo de financiamento que atenda às necessidades regionais. Bacelar afirma que o Nordeste precisa estar na discussão das políticas nacionais e direcionar a atenção para os novos paradigmas mundiais. “Não dá para trabalhar um plano para o Nordeste sem olhar para o que está acontecendo no mundo”, enfatizou. O economista Sérgio Buarque também prestigiou o encontro e acredita que o PRDNE deve apostar na competitividade – focando em seus três pilares (infraestrutura, educação e inovação). “A educação é um componente de redução da pobreza e da desigualdade regional”, frisou. Sérgio disse, ainda, que o caminho para reduzir a pobreza é fortalecer a economia regional.
Sudene e PRDNE
O economista da Sudene, José Farias Gomes Filho, apresentou os detalhes do PRDNE, que está em sintonia com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional e tem como objetivo estabelecer metas, prioridades e diretrizes para promover o desenvolvimento sustentável. A ideia é apontar caminhos que tragam soluções para os baixos níveis de educação, infraestrutura econômica deficiente, condições e saúde insatisfatórias, baixa produtividade e outros problemas enfrentados pela Região. O principal desafio será crescer mais do que a média nacional, de maneira sustentável, sem ampliar as desigualdades intra-regionais, mas foi destacado que é preciso, também, ampliar e modernizar a base industrial; aprimorar a qualificação da mão-de-obra; promover a competitividade dos setores que estão chegando à economia nordestina; ampliar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação; e em infraestrutura.
Foto; Ascom/Sudene
O superintendente da Sudene, Marcelo Neves, acredita que o PRDNE é fundamental para definir as ações de curto, médio e longo prazos que irão balizar o desenvolvimento da Região. O gestor enfatizou que a elaboração do plano conta com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com quem a Sudene tem um acordo de cooperação técnica. Já o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Autarquia, Alexandre Gusmão, falou da importância do engajamento dos servidores da Autarquia e de toda a sociedade na construção do PRDNE. Ele afirmou que serão utilizados estudos de outras instituições parceiras, como o BNB, BNDES e TCU, que irão subsidiar o Plano.
>>> Confira o boletim em áudio da matéria:
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