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LIVRO
Comitê de Diversidade Indica: livro Vozes Negras no Serviço Público
Brasília/DF, 16/05/2025 – O "Comitê de Diversidade Indica" convida todos a conhecerem o livro “Vozes Negras no Serviço Público”, obra que tem como uma das autoras a policial penal federal Ane Silva e reúne experiências de servidores e servidoras negras que cursaram a turma 4.0 do LideraGOV, programa de formação de líderes para a alta gestão pública federal. O livro “Vozes Negras no Serviço Público” foi lançado em maio de 2025 em um evento promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR).
O programa LideraGOV, que teve duração de nove meses, está em sua quinta edição e tem como objetivo desenvolver competências estratégicas, visão sistêmica e capacidade de transformação institucional entre lideranças públicas. A policial penal federal é hoje uma das representantes da SENAPPPEN na Rede LideraGOV. Assim, a participação de Ane Silva no livro é também uma questão de representatividade da carreira de policiais penais federais em espaços de construção conjunta com outras lideranças públicas.
A servidora, que hoje atua na assessoria do Gabinete da SENAPPEN, ressalta a importância de ter pessoas das carreiras em espaços fora do órgão “Participar do livro Vozes Negras no Serviço Público é uma honra e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Levar a voz de uma policial penal federal para essa publicação é afirmar que também estamos nos espaços de liderança e construção de políticas públicas. Representar a SENAPPEN na Rede LideraGOV reforça o compromisso da nossa carreira com uma gestão pública mais diversa, justa e transformadora. A nossa presença é estratégica para ampliar visões, promover equidade e fortalecer a democracia.”, reforçou
A presença de uma policial penal federal entre as vozes que constroem essa narrativa fortalece não apenas a representatividade racial, mas também o reconhecimento da segurança pública como campo legítimo de liderança e transformação institucional.
Representatividade negra no serviço público
Mais da metade da população brasileira se autodeclara negra (preta ou parda), segundo o IBGE. No entanto, de acordo com o relatório Lideranças Negras no Estado Brasileiro (1995–2024), publicado pelo Afro-Cebrap, a presença de pessoas negras nos cargos de alta liderança do Executivo federal, em 2024, era de apenas 11% das posições de alta liderança eram ocupadas por mulheres negras e 16% por homens negros.
Outro dado marcante: das mais de 555 mil pessoas que compõem o serviço público federal, apenas 17% são mulheres negras, com forte concentração nas áreas de saúde, educação e atendimento ao público — e não em posições de direção estratégica. O relatório também aponta que, quanto maior a autoridade do cargo, menor a presença de pessoas negras.
Em 2025, o governo federal anunciou que atingiu a meta estabelecida pelo Decreto nº 11.443/2023, que prevê o preenchimento por pessoas negras de, no mínimo, 30% dos cargos em comissão e funções de confiança. O cumprimento dessa meta representa um avanço simbólico e institucional para a promoção da equidade racial no serviço público.
O livro está disponível para download ou no repositório da ENAP.
Perfil da autora
Ane Silva é policial penal federal, jornalista, mestra em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Gestão da Comunicação Organizacional. Atua há mais de 10 anos com estratégias de comunicação no setor público e privado. Atualmente, é assessora de comunicação estratégica na Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), onde também contribui com a curadoria educacional no Ministério da Justiça e Segurança Pública na temática da Comunicação. É docente convidada da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e conteudista de cursos da Escola Nacional de Serviços Penais (ESPEN). Integra a Rede LideraGOV e a Rede de Mulheres Negras Líderes da Administração Pública. Pesquisadora na área de comunicação e segurança pública, possui artigos publicados nos congressos nacionais da Intercom. Seus estudos abordam os desafios comunicacionais nas políticas penais e nas carreiras penais. Participou da construção do Plano de Comunicação pela Igualdade Racial do Governo Federal, como representante da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, quando exercia a função de coordenadora de políticas de promoção da diversidade e do pluralismo.
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