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Capacitação
CGU promove treinamento sobre combate a assédio e discriminação no serviço público
A Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), realizou nesta quarta-feira (27) o treinamento online “Da escuta à responsabilização: Fluxos e desafios na apuração de assédios e discriminações no Serviço Público”. A capacitação, que faz parte da campanha Agosto Lilás, foi ministrada por Aline Rodriguero Dutra, servidora da Corregedoria-Geral da União (CRG) e transmitida pelo canal da CGU no YouTube.
Na abertura, a Ouvidora-Geral da União, Valdirene Paes de Medeiros, destacou os impactos que práticas de assédio e discriminação provocam nos ambientes institucionais. “Esses impactos negativos fragilizam a confiança nas instituições, prejudicam a nossa produtividade e, especialmente, comprometem a saúde física e mental dos servidores. Além disso, temos como servidores públicos o importante papel de construir uma administração pública íntegra e tratar essa pauta com responsabilidade, compromisso e seriedade”, afirmou.
Valdirene ressaltou ainda a necessidade de engajamento coletivo para a construção de espaços mais saudáveis. “Fazemos um convite a todos para que estejamos engajados em ter uma nova perspectiva nas nossas relações. É a partir da compreensão de que somos seres integrais que convidamos cada um a refletir sobre a postura, as falas e o olhar para o colega que está ao nosso lado”, disse.
Durante sua apresentação, a palestrante Aline Rodriguero Dutra reforçou que o enfrentamento ao assédio e à discriminação exige não
apenas conhecimento jurídico, mas também sensibilidade social. “Essa é uma conversa para que a gente entenda o que é assédio, o que não é, e como podemos evitar condutas inadequadas, inclusive em nós mesmos. Todos nós estamos em posição de potencialmente sermos vítimas, mas também, eventualmente, autores de condutas assediadoras, muitas vezes sem perceber”, explicou.
Aline abordou temas como definição e caracterização das práticas, acolhimento às vítimas, tratamento das denúncias, apuração e responsabilização. Ela também destacou que o problema está enraizado em questões estruturais. “Precisamos olhar para essas questões. Não olhar e negar isso é jogar todos os nossos problemas para baixo do tapete. Palestras como esta são fundamentais porque promovem a conscientização e contribuem para a construção de ambientes institucionais mais respeitosos e inclusivos. O fortalecimento da prevenção, em especial, reduz impactos negativos não apenas para as vítimas, mas também para a Administração como um todo, que ganha em credibilidade, eficiência e confiança social”, ressaltou.
Outro ponto enfatizado foi a necessidade de encarar o enfrentamento ao assédio e à discriminação como uma política de Estado, e não apenas de governo. “Se visualizarmos essas questões apenas como políticas de governo, ficamos à mercê de mudanças institucionais. A ideia é que esses temas estejam sempre em pauta, independentemente de quem esteja na gestão, para que possamos combater, reprimir e investigar com a devida adequação”, afirmou a servidora.
Para aqueles que não participaram ou desejam rever a palestra, CLIQUE AQUI ou acesse diretamente o canal da CGU no Youtube.

