Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica celebra 12 anos da primeira luz

O Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI) , instalado no município de Itacuruba, em Pernambuco, e gerido pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), está celebrando 12 anos do início da operação do telescópio. Desde então, o OASI tem sido um importante centro de observação astronômica, com resultados que contribuem significativamente para o avanço do conhecimento na área das ciências planetárias.

A primeira luz do telescópio, o segundo maior instalado em solo brasileiro , ocorreu em março de 2011. As observações astronômicas, inicialmente realizadas de maneira presencial, passaram a ser totalmente remotas a partir de 2014, depois que técnicos locais foram capacitados para suporte ao trabalho observacional.

Imagem: Acervo OASI

Projeto IMPACTON

O OASI foi implantado pelo projeto IMPACTO N (Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra do Observatório Nacional), com o objetivo de operar em solo brasileiro um telescópio dedicado ao estudo das propriedades físicas de pequenos corpos do Sistema Solar, particularmente asteroides que possuem órbitas próximas da Terra e são potencialmente perigosos para o nosso planeta.

Acervo OASI

Executado pelo Grupo de Ciências Planetárias do ON, o projeto integra o Brasil aos programas internacionais de busca e seguimento de asteroides e cometas em risco de colisão com a Terra e fortalece a atuação nacional do ON. Ademais, vem contribuindo para a formação de pesquisadores na área: em 12 anos de operação, foram formados 6 mestres e 6 doutores cujas teses e dissertações foram realizadas com dados observacionais do OASI.

A produção científica no período ultrapassa a marca de 125 artigos publicados nas principais revistas científicas internacionais, em congressos e boletins especializados.

Imagem: Chico Rasta

Sob o céu do Semiárido Brasileiro

A escolha do sítio para construção do observatório foi concentrada na região semiárida e levou em consideração uma série de fatores climáticos e logísticos. Instalado no município sertanejo de Itacuruba, com pouco mais de 4 mil habitantes, o OASI tornou-se referência para eventos de divulgação e ensino da astronomia e valorização do Semiárido Brasileiro, recebendo centenas de visitantes de diferentes localidades da região.

Imagem: Acervo OASI

Em 13 de abril de 2017, um asteroide do cinturão principal recebeu o nome de 10468 Itacuruba. O nome foi sugerido pela equipe do OASI, como uma homenagem à cidade e foi referendado durante o congresso científico " Asteroids, Comets, Meteors - ACM" , realizado na cidade de Montevidéu (Uruguai). Em junho de 2021, o OASI também foi homenageado, dando nome ao asteroide 32400 Itaparica.

Fotos: Acervo OASI