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Países de alta biodiversidade avançam em cooperação
Foto: GIZ Indonésia
Entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro de 2025, o Brasil participou de um intercâmbio internacional com países megadiversos para alinhar estratégias relacionadas à biodiversidade e às florestas. O encontro avançou em temas como inventários florestais nacionais, interoperabilidade de dados, metodologias de monitoramento, formação de capacidades e mecanismos de financiamento, com o objetivo de acelerar resultados em conservação e manejo sustentável.
Clarisse Cruz, diretora de Fomento Florestal do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), afirmou que a cooperação técnica tende a reduzir assimetrias de informação e a qualificar a tomada de decisão em políticas públicas e investimentos. “Identificamos mais similaridades do que diferenças entre os países e várias áreas de atuação conjunta — como os inventários florestais. Juntos, reunimos algumas das maiores áreas de floresta e biodiversidade do planeta, o que pode contribuir muito para o setor de informações florestais e para o avanço do conhecimento sobre as florestas no mundo”, disse. Para ela, a integração entre instituições produtoras de dados e plataformas nacionais melhora a comparabilidade de indicadores, fortalece a transparência e valoriza os serviços ecossistêmicos ao disponibilizar protocolos, dicionários de dados e resultados de forma aberta.
Os países participantes mapearam frentes prioritárias para os próximos meses, incluindo o alinhamento metodológico dos inventários, a sincronização de calendários de campanhas de campo e a criação de um repositório técnico compartilhado para a troca contínua de experiências. A proposta também prevê intercâmbio entre equipes, oficinas de capacitação e encontros periódicos para o acompanhamento de resultados.
A agenda tratou ainda da recuperação florestal e da identificação de espécies com valor econômico que podem apoiar a recuperação produtiva, além do aprofundamento da pesquisa sobre a diversidade de espécies para uso sustentável. A restauração produtiva foi destacada como caminho para enfrentar os altos custos da restauração e aproximar a geração de renda de comunidades que vivem em áreas degradadas.
Como encaminhamento, as delegações propuseram a instalação de um grupo de trabalho para detalhar rotas de implementação, metas de curto e médio prazos e instrumentos de avaliação. O SFB reforçou que a consolidação dos inventários florestais nacionais e a integração com plataformas públicas de informação são pilares para orientar políticas de manejo, restaurar áreas degradadas, valorizar a produção sustentável e ampliar oportunidades para comunidades e setores produtivos que dependem da floresta em pé.
Texto: Serviço Florestal Brasileiro, com informações do MMA • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 3247-9511