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Vencedor do Prêmio Madeiras Alternativas/Salão Design 2025 visita as instalações do Serviço Florestal Brasileiro
Foto: SFB.
“O Laboratório é lindo demais. Esse cuidado que vocês têm de descrever as espécies, entender a madeira a fundo e o processo de categorização era tudo o que eu imaginava, diante da responsabilidade que vocês têm com a flora brasileira”. As afirmações são do designer de produtos Patrick Afornali sobre o Laboratório de Produtos Florestais, do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), e mostram que, nesse caso, expectativa e realidade acabaram se correspondendo.
O curitibano foi o vencedor do Prêmio Madeiras Alternativas 2025 – uma categoria específica do Prêmio Salão Design, apoiada pelo SFB para promover o uso de novas madeiras que viabilizem, técnica e economicamente, o manejo sustentável na Floresta Amazônica. Além do troféu, o profissional recebeu uma viagem para conhecer a sede do Serviço Florestal Brasileiro, em Brasília/DF, e outra para visitar a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia – uma área de manejo sustentável na Amazônia.
A viagem de dois dias (11 e 12/08) ao SFB incluiu um tour pelas instalações de anatomia, química, engenharia, biodegradação e secagem do Laboratório de Produtos Florestais. “Chamou minha atenção a quantidade de peças. É um acervo físico bem catalogado e trabalhado não apenas pela questão da madeira em si, mas da biologia, incluindo estudos moleculares e sobre a madeira queimada, com fins de identificação, ajudando em fiscalizações sobre o comércio ilegal de carvão. É um aprofundamento de nível científico que me deixou realmente impressionado”, destacou Afornali.
INICIATIVA
O Prêmio Madeiras Alternativas foi criado para dar visibilidade a espécies madeireiras que não costumam ser usadas pelo mercado, estimulando a diversidade de madeiras e evitando que as mais conhecidas entrem em extinção. Para o vencedor do Prêmio, essa categoria é imprescindível para o mercado: “ela faz toda a diferença para que a gente possa mostrar as belezas de outras madeiras que não são as convencionais”. Patrick Afornali acrescenta ainda: “ela acaba sendo uma vitrine tanto para os designers, que são incentivados a entregar um belo conceito com madeira alternativa, quanto para as espécies e até mesmo os clientes, que descobrem ser possível sair do padrão existente”.
BANCO GRUTA
Essa foi a primeira participação do curitibano no Prêmio. Ele contou que conceber o projeto foi um desafio e tanto: “como em todo concurso, a comissão pede um desenho técnico e o meu não tinha forma propriamente dita. Minha inspiração veio da dor de ver resíduo de madeira sendo jogado fora. O resultado final foi a junção de vários cilindros de madeiras, que se tornaram um único produto”. Patrick Afornali relatou que costumava ver as madeireiras da cidade produzirem pergolados de telhados e descartar, queimar ou vender como lenha os tocos que sobravam dos cortes. “A madeira é um produto muito nobre para ter fins como esse, então eu decidi transformar essa matéria prima, dar longevidade e ressignificá-la”, concluiu.
Texto: Serviço Florestal Brasileiro • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 3247-9511