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Projetos de bioeconomia florestal avançam na Amazônia e Caatinga com apoio do FNDF
Foto: Ascom/SFB.
A 17ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), nessa quarta-feira (27), trouxe quatro projetos de bioeconomia florestal selecionados em chamamento público organizado pelo Serviço Florestal Brasileiro. Esses primeiros aprovados no certame – de um total de 25 – vão receber, juntos, R$ 1,6 milhão do FDNF para desenvolver ações ligadas ao manejo florestal, recuperação e recomposição da vegetação nativa, serviços ambientais e desenvolvimento de cadeias de valor. Além disso, o encontro serviu para aprofundar o conhecimento e compreender a implementação dos recursos do Fundo.
No primeiro ano, o edital teve como recorte territorial os biomas Amazônia e Caatinga. Na ordem de classificação foram selecionados quatro projetos: um na Amazônia e três na Caatinga. Para o bioma amazônico, houve aporte de R$ 500 mil para o desenvolvimento da bioeconomia florestal, nos municípios paraenses de Portel e Acará, conduzida pela Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá. Para o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, a iniciativa pode ajudar a migrar o foco do açaí e da castanha para outros insumos do bioma: “tem muitos produtos na Amazônia que precisam ser desenvolvidos, e se não agregarmos valor, não vão gerar recursos suficientes para os extrativistas dessas regiões. Então é ótimo termos um projeto como esse”.
Na Caatinga, os três projetos estão sendo conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, pela Associação Humana Povo Para Povo Brasil (Humana Brasil) e pela Associação Caatinga. Um deles prevê a aplicação de Inteligência Artificial no manejo da carnaúba, espécie explorada há mais de um século. Segundo o diretor-geral do SFB, Garo Batmanian, o uso da tecnologia é fundamental para garantir práticas adequadas e evitar impactos negativos.
“Nós aprovamos a prioridade para esses dois biomas e ficamos muito felizes em ver a quantidade de projetos voltados para a Caatinga, que ainda é pouco trabalhada. Em 2026, será a vez de abrirmos oportunidade para projetos voltados ao Cerrado”, adiantou a coordenadora do FNDF, Clarisse Cruz. O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro destacou que segue trabalhando para ampliar os investimentos do Fundo: “enxergamos um potencial muito grande. Queremos fazer muito mais, mas precisamos de mais fontes de recursos”.
FNDF
Além das propostas em andamento, outras 4 foram selecionadas no ano de 2025 e estão em processo de formalização para pagamento. Na ocasião, foram apresentadas aos conselheiros outras iniciativas, como o IX Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal. E tiveram acesso a balanços do próprio FNDF (que disponibilizou, via Lei Orçamentária Anual, R$ 1,6 milhão de recursos em 2024 e R$ 2,4 milhões este ano), do Inventário Florestal Nacional e da Plataforma Saberes da Floresta.
Texto: Serviço Florestal Brasileiro • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 3247-9511