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CENÁRIO
Prisma Fiscal projeta aumento de arrecadação e redução do déficit primário
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou, nesta sexta-feira (11/7), a edição de julho do Relatório Mensal do Prisma Fiscal. A projeção de aumento da arrecadação de receitas federais e de redução do déficit primário são os principais destaques do documento, que reúne expectativas de mercado para o acompanhamento da evolução das principais variáveis fiscais brasileiras.
Nas projeções mensais, o relatório estima a mediana da arrecadação das receitas federais de julho em R$ 244,5 bilhões, ante R$ 243,4 bilhões no mês anterior. A mediana da receita líquida do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) foi projetada em R$ 200,1 bilhões (ante R$ 199,0 bilhões). A despesa total do Governo Central prevista é de R$ 246,4 bilhões (R$ 226,7 bilhões em junho). A projeção do resultado primário do Governo Central em julho é de déficit de R$ 49,0 bilhões (R$ 33,9 bilhões no mês anterior).
A mediana das projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em julho ficou em 0,32%, e o número de pessoas ocupadas (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD) atingiu 104,1 milhões, enquanto a taxa de desemprego caiu para 6,20% (ante 6,64% no mês anterior).
Projeções anuais
As projeções anuais indicam a mediana de arrecadação das receitas federais de 2025 em R$ 2,88 trilhões; a receita líquida do Governo Central, em R$ 2,32 trilhões; e a despesa total do Governo Central, em R$ 2,39 trilhões. Na série histórica iniciada em janeiro de 2024, a despesa total projetada para 2025 era de R$ 2,30 trilhões, resultando em um aumento total de R$ 92,1 bilhões desde o início do encaminhamento das estimativas. “Ainda assim, observa-se que as projeções de arrecadação aumentaram de forma mais expressiva do que as de despesa (as projeções para receita líquida do Governo Central aumentaram, no mesmo período, em R$ 104,7 bilhões)”, conforme análise apresentada no Boletim Macrofiscal de julho.
O déficit primário de 2025 atingiu o menor patamar desde outubro de 2023, ficando acima do limite inferior da meta de resultado primário após exclusão dos precatórios. Em julho, o déficit primário mediano projetado para 2025 foi de R$ 72,1 bilhões, ante R$ 74,7 bilhões na projeção anterior. Durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (11/7), no Ministério da Fazenda, a subsecretária de Política Fiscal da SPE, Débora Freire, disse que há “boas notícias” para o país no que se refere ao resultado primário.
A mediana das expectativas de julho para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) em 2025 ficou em 80,0% do PIB, em comparação a 80,3% em maio e 82,0% em dezembro de 2024. O INPC para 2025 está estimado em 5,24%.
Arrecadação de receitas federais
As expectativas para a arrecadação das receitas federais em 2025, após um período de estabilidade entre fevereiro e maio deste ano, voltaram a apresentar elevação. O comportamento das projeções de arrecadação do Prisma Fiscal apresentou uma tendência de revisões positivas desde o início do encaminhamento das estimativas relativas a 2025, em janeiro de 2024.
Nos últimos dois meses de coleta (junho e julho de 2025), houve novas revisões para cima, após um período de estabilidade. Em janeiro de 2024, a expectativa de arrecadação das receitas federais para 2025 era de R$ 2,68 trilhões, enquanto, em julho de 2025, essa projeção foi elevada para R$ 2,88 trilhões.
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou que as previsões do mercado, apesar de um “descolamento inicial”, vêm, de forma consistente, convergindo ao encontro das projeções da SPE.