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RIO GRANDE DO SUL
Secretário-Executivo do MinC participa de agenda cultural em Caxias do Sul (RS) neste sábado (18)
Foto: Filipe Araujo/MinC
O secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, cumpriu agenda neste sábado (18/10) no Rio Grande do Sul, com foco no fortalecimento das políticas públicas culturais e na valorização da diversidade regional. A programação teve início em Caxias do Sul, onde ele participou do programa Expresso 168, com o tema Cultura na Serra Gaúcha: impactos dos investimentos federais.
Durante o evento, Márcio Tavares destacou o avanço dos investimentos federais na área e a reconstrução das políticas públicas de cultura após um período de desmonte institucional. “A cultura é 3,11% do PIB, então um setor que é maior do que a indústria farmacêutica, é maior do que a indústria automobilística, é maior do que vários setores tradicionais da indústria”, afirmou.
Entre as principais políticas em curso, está a renovação da Política Nacional Aldir Blanc por mais cinco anos, com previsão de R$ 28 milhões em recursos para o Corede Serra nos próximos anos. Tavares ressaltou ainda que a cultura movimenta emprego e renda, sendo um motor de desenvolvimento econômico e social.
“Nós estamos fazendo o maior investimento em cultura da história do governo do presidente Lula. A Constituição do Brasil diz que a cultura é um direito de cidadania de todo o nosso povo”, salientou o secretário-executivo.

- Foto: Filipe Araujo/MinC
Desafios regionais e políticas afirmativas
O encontro abriu espaço para que conselhos e entidades culturais da Serra Gaúcha apresentassem demandas locais, como a falta de recursos diretos, infraestrutura precária e dificuldades de acesso a editais.
Denise Pessoa, deputada federal que preside a audiência itinerante da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, também esteve presente no diálogo e discursou sobre como a cultura transforma vidas, movimenta a economia e fortalece a identidade do país.
"Eu sempre digo que uma das maiores riquezas do nosso país é a nossa cultura. Hoje, a gente está num governo federal que tem priorizado a organização também dos setores culturais no país, mas não é só recursos. Com recursos, a gente ainda tem uma organização do Sistema Nacional de Cultura, de nós organizarmos conselhos municipais, organizar fundo municipal", pontuou.
O Carnaval de Caxias do Sul foi citado como exemplo de resistência cultural que ainda enfrenta preconceitos e limitações de financiamento em comparação a festas tradicionais da região.
Tavares reforçou o compromisso do MinC com ações afirmativas e a descentralização dos recursos. Segundo Tavares, os editais nacionais reservam 25% dos recursos para pessoas negras, 10% para indígenas e 5% para pessoas com deficiência, fortalecendo a representatividade e a equidade nas políticas culturais.
Ao encerrar sua participação, o representante do MinC reforçou o papel estratégico da cultura no desenvolvimento do país:
“O dinheiro que o governo do Brasil envia pro financiamento em cultura tem que ser o piso, a base. É a partir daí que outros investimentos acontecem. Quando coloca dinheiro na cultura, esse dinheiro retorna, no mínimo, pro cofre da Prefeitura, pro cofre do Governo do Estado, pro cofre do governo do Brasil, em um ponto seis”.
No período da tarde, o secretário-executivo visitou a Biblioteca Parque Fundação Marcopolo, espaço dedicado à democratização do acesso à leitura e à formação cultural na região. A iniciativa conta com o apoio da Lei Rouanet.