Notícias
COOPERAÇÃO CULTURAL
Missão Ibero-americana em São Paulo tem o objetivo de impulsionar e economia criativa na região
Foto: Fundação Itaú
Durante toda a semana, o Itaú Cultural em São Paulo recebe a Missão Ibero-americana de Economia Criativa, realizada pelo Ministério da Cultura (MinC), em parceria com com a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Fundação Itaú e Rede Internacional de Observatórios e Investigadores de Políticas e Economia da Cultura.
O encontro organizado no âmbito do Programa Ibero-americano de Indústrias Culturais e Criativas, tem o propósito de fortalecer a cooperação e o intercâmbio de experiências no âmbito da economia criativa. A programação, iniciada nesta segunda-feira (12), inclui capacitação, intercâmbio de conhecimentos sobre políticas públicas e visitas técnicas, com o objetivo de fortalecer o impacto dos agentes na gestão de projetos e na administração pública sustentável.
“A missão representa uma oportunidade ímpar para o fortalecimento de redes de colaboração, a troca de conhecimentos e o avanço de políticas públicas que reconheçam e fomentem o potencial transformador da economia criativa para o desenvolvimento social e econômico dos países ibero-americanos”, afirmou o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares.
O diretor-geral de Cultura da OEI, Raphael Callou, explicou que oito ministérios da Cultura de países Ibero-Americanos estão presentes na missão, além de representantes de dez países a partir dos observatórios de cultura localizados em diferentes países da região. “A proposta é que a gente possa avançar no compartilhamento de estratégias para a superação de desafios comuns com foco especialmente nos marcos de trabalho das políticas públicas de economia criativa na região e o Brasil como país anfitrião se encarrega também de poder compartilhar suas estratégias, suas políticas públicas e o aprendizado tanto da formulação como da implementação dessas estratégias".
“Desse diálogo entre os países que compõem a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), emerge um compromisso coletivo que vai além da cooperação institucional — trata-se da construção de uma cultura do encontro. Temos sido parceiros constantes não apenas na produção e troca de dados, mas principalmente na escuta mútua, na valorização das experiências diversas e na construção conjunta de soluções. Esse processo reafirma a importância do diálogo como instrumento de transformação e da colaboração internacional como caminho para o fortalecimento de políticas públicas mais justas e integradoras”, afirmou o presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron.
Segundo o coordenador da Assessoria Internacional do Ministério da Cultura (MinC), Laio Veloso de Oliveira, a agenda de trabalho da semana contempla um valioso exercício que visa auxiliar a mensuração da contribuição das indústrias culturais e criativas para o Produto Interno Bruto (PIB).
“Isso só é possível em decorrência do apoio de centros de estudo, laboratórios e observatórios que têm se debruçado sobre o tema, gerando dados. Sem dados, não há planejamento. Sem planejamento, não há implementação e melhoria de políticas públicas. Então, o trabalho realizado aqui a partir da parceria com OEI, Fundação Itaú e rede de observatórios é de extrema importância”, afirmou.
A relevância da economia criativa para o Brasil é evidenciada pelo estudo realizado pelo Itaú Cultural, que apontou uma participação de 3,11% da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas no PIB em 2020. A análise sublinha o papel vital dos setores cultural e criativo para a dinâmica econômica e social do país.
