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Retomada RS
Ministério da Cultura articula sede definitiva para a Terreira da Tribo em Porto Alegre
Foto: Escritório do MinC RS
O Ministério da Cultura (MinC), em articulação com os Correios, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e o grupo Ói Nóis Aqui Traveiz, avança na construção de uma solução definitiva para uma demanda histórica da comunidade cultural gaúcha: a viabilização da sede própria da Terreira da Tribo, em Porto Alegre. Durante reunião nesta sexta-feira (4), na sede do IPHAN em Porto Alegre, com representantes da Tribo e das instituições envolvidas, o secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares, destacou o comprometimento do Governo Federal com a pauta.
“Estamos em vias de conseguir a sede definitiva para a Terreira, depois de 47 anos de atuação pela cultura brasileira, pela arte brasileira, nós estamos trabalhando já no processo de ocupar esse espaço em Porto Alegre”, afirmou Márcio.
O secretário afirmou ainda que o MinC trabalhou arduamente em defesa da comunidade cultural do Rio Grande do Sul, com a Retomada Cultural RS, e essa é mais uma luta que o Ministério, em parceria com os Correios, está liderando.
O espaço cedido pelos Correios, na região 4º Distrito da capital, representa uma conquista importante para as artes cênicas no Rio Grande do Sul e no país, ele está desocupado desde 2012 e conta com mais de 5.000 m² de extensão.
A coordenadora do Escritório Estadual do Ministério da Cultura no Rio Grande do Sul, Mariana Martinez, também ressaltou a dimensão estratégica da ação. “A democratização dos espaços da União para o setor cultural é uma parceria estratégica. O MinC está construindo uma solução para uma demanda histórica, que será um vetor de desenvolvimento para as artes do Rio Grande do Sul e do Brasil.”
Tânia Farias, atriz, curadora e integrante da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, destacou o impacto simbólico da iniciativa em um momento de reconstrução no estado. “A enchente atravessou a todos e todas no Rio Grande do Sul. Mas é um divisor de águas na história. Poder celebrar algo tão fundamental, saber que a nossa escola vai ter um lugar. A proposta é que a gente cresça muito, abra muitos braços e seja a âncora de um espaço de todas as artes.”, comemorou.
Ela também apontou que a medida representa uma nova etapa na política cultural do país. “Isso é muito maior que nós. E não é só pra nós, mas é um divisor de águas, uma nova política para o Brasil, para o Rio Grande do Sul.”
A formalização da cessão do imóvel e a celebração pública da conquista estão previstas para os próximos meses.