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COLABORAÇÃO
MinC fará visita técnica ao espaço do Teatro VentoForte e estuda formas de reparação
Filipe Araújo/ MinC
O Ministério da Cultura (MinC) realizou nesta terça-feira (18), uma reunião para discutir a situação das sedes do Teatro VentoForte e da Escola de Capoeira Angola Cruzeiro, ambas na capital paulista, que foram destruídas pela Prefeitura de São Paulo no último dia 13. Durante o encontro, ficou definido que representantes da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao MinC, farão uma visita técnica ao local e o Governo Federal irá avaliar as possibilidades de reconstrução dos espaços.
A audiência com o MinC foi solicitada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL/SP) e contou com a presença da ministra Margareth Menezes, do secretário-executivo, Márcio Tavares, da presidenta da Funarte, Maria Marighella, do diretor-executivo da Funarte, Leonardo Lessa, e de integrantes do grupo de teatro VentoForte e da Escola de Capoeira.
“A magnitude dessa destruição reforça a necessidade de políticas públicas que tratem o patrimônio cultural com o respeito que ele merece. Estamos empenhados em ouvir as demandas, analisar a situação de forma jurídica e construir, junto com os parceiros, caminhos que protejam nossos equipamentos culturais,” ressaltou a ministra. Ela destacou ainda que o episódio mobilizou diversas esferas da sociedade e sublinhou a importância de coordenação entre os governos federal, estadual e municipal.
O secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, explicou que a Pasta já trabalha em estratégias para apoiar a requalificação dos equipamentos culturais afetados. “Nossa tarefa é investigar as possibilidades existentes e, em parceria com os entes federativos, desenvolver medidas concretas para recuperar esses espaços, garantindo que episódios como este não se repitam”, afirmou.
O deputado Guilherme Boulos enfatizou a gravidade do ocorrido e salientou a urgência em transformar o episódio em uma oportunidade de diálogo e reparação. “Esse episódio representa um ataque direto à cultura e à memória do nosso povo. Precisamos transformar essa dor em ações concretas e articular um diálogo efetivo para reconstruir e preservar o legado do Teatro VentoForte e da Escola de Capoeira Angola Cruzeiro do Sul,” declarou.
Por videoconferência, os representantes do Teatro e da Escola manifestaram a urgência por medidas efetivas de reparação e reforçaram que os locais destruídos, sem nenhum aviso, não eram apenas edificações, eles garantiam a preservação e difusão das culturas tradicionais e populares em São Paulo e guardavam um acervo de 40 anos de história.