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FORMAÇÃO
MinC e SEBP: Itinerância pelo Pará capacita gestores de bibliotecas públicas
Foto: Bárbara Nunes / Ascom FCP (Pará)
Momento importante para apresentar as políticas públicas do livro, leitura e Bibliotecas e dialogar com gestores municipais. Assim, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP) do Pará e a Fundação Cultural do Estado (PA) promoveram uma itinerância, nos meses de maio, junho e setembro. A agenda incluiu ações de formação com quatro capacitações e orientações para a utilização de recursos da Política Nacional Aldir Blanc ou via emendas parlamentares.
Ao todo, a atividade reuniu mais 260 pessoas de localidades diversas, alcançando oito regiões: Araguaia, Carajás, Capim, Lago do Tucuruí, Xingu, Baixo Amazonas e Tapajós - destaque, inclusive, para Marabá, onde foi realizada a reabertura da Biblioteca Pública de São Domingos do Araguaia.
Em campo, a coordenadora do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) do MinC, Marina Rabelo, detalhou as metas do encontro. “O objetivo é que eles possam reabrir bibliotecas públicas pelo Pará. Existe um diagnóstico de 47 municípios sem esse equipamento”, aponta.

E completou: “fomos parando e conhecendo outras regiões. Por exemplo, Xinguara me despertou para a questão das bibliotecas, ainda mais porque tinha uma biblioteca pública muito ativa, durante a visita estava tendo cursos de Excel, de violão, com várias pessoas de diferentes idades, muito interessante”, detalhou ao relatar a passagem por Marabá e Redenção.
Encontro com Gestores
A coordenadora também falou sobre o Encontro com Gestores Públicos e Parlamentares (EGPP). “Foram quatro encontros: Marabá, Redenção, Altamira e Santarém. Em todas as regiões visitadas, atingimos várias cidades. Ampliamos o nosso olhar para os municípios e, principalmente, para diferentes regiões de um estado. Não centralizamos em Belém, e foi uma felicidade poder atingir uma grande quantidade de municípios, ajudá-los a reabrirem suas bibliotecas, conhecer a realidade de projetos de livro, leitura e literatura, até de escrita. Conheci também um programa muito interessante de escrita criativa. Então, é para além das bibliotecas, mas principalmente para fomentar nos gestores a ideia de que precisamos reabrir bibliotecas pelo Pará”, ressaltou.
Também acompanhando a comitiva, o presidente da Fundação Cultural do Pará, Thiago Miranda, falou que o EGPP surgiu com o objetivo de estimular ações que resultem no fortalecimento, construção ou reabertura de bibliotecas públicas, gerando impacto real e positivo na formação de leitores e na educação de nosso Estado.

“Destaque para a reinauguração da biblioteca pública que fizemos no município de São Domingos do Araguaia, na região de integração Carajás. Além disso, aproveitamos as oportunidades para ampliar o acervo de bibliotecas localizadas nas regiões por onde o EGPP passou. A produção literária do Pará é muito forte e ela precisa ser cada dia mais conhecida, valorizada e fortalecida. Quando a Fundação Cultural do Pará abastece bibliotecas com livros ou promove cursos e oficinas relacionadas à leitura, buscamos não simplesmente formar leitores, mas formar leitores de obras paraenses e capacitar e estimular escritores de sua própria história”, detalhou o presidente.
Agendas diversas
A diretora de Leitura e Informação da Fundação Cultural do Estado do Pará, Marinilde Barbosa, ressaltou que, em todos os encontros, a comitiva conseguiu cumprir, além da ação principal, agendas paralelas, para visitas a espaços que receberiam instalações de novas bibliotecas públicas. O EGPP também teve a parceria com as seguintes Associações de Municípios: Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (AMATCarajás); Associação dos Municípios da Calha Norte (AMUCAN) e Associação dos Municípios das Rodovias Transamazônica, Santarém/Cuiabá e Região Oeste do Pará (AMUT).
“Nós fizemos visitas para bibliotecas que já estavam em funcionamento. Incluímos uma para a Biblioteca Pública de Redenção, Marabá na Estação Cultural, que é um modelo inovador de bibliotecas que tem estrutura de container”, explicou a gestora.