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Meios de propagar informação para além da internet são debatidos em live para agentes territoriais de cultura
Foto: Victor Vec/MinC
O Ministério da Cultura (MinC) promoveu, nesta quarta-feira (19), mais uma live temática para os agentes territoriais de cultura. Dessa vez, o debate foi sobre as melhores formas de traçar estratégias eficazes de comunicação, considerando as especificidades de cada território.
A atividade virtual faz parte da série pensada para integrar agentes e comitês no âmbito do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC). Com o tema Territorialidades e diferentes estratégias de comunicação, foram discutidas as possibilidades de se conectar com a sociedade e difundir políticas públicas de cultura fora das redes sociais, pensando especialmente nas localidades onde o acesso à internet ainda é instável.
“A gente tem uma grande demanda, muita informação, e estamos vivendo dois momentos ao mesmo tempo: uma grande conexão e também uma grande desconexão. A conexão ligada à internet, porque nós estamos conectados à internet o tempo todo, mas também acaba se desconectando bastante no âmbito pessoal. Porque a gente está com o celular na mão e acaba se distanciando das pessoas que estão do nosso lado, que são a nossa rede. E precisamos criar essas conexões de afeto, construídas pelo nosso boca a boca, para poder fazer todas essas mensagens chegarem mais a frente”, destacou a coordenadora de Comunicação do Comitê de Cultura no Amapá, Brenda Zeni, uma das convidadas para a live.
O coordenador-executivo do Comitê de Cultura no Rio Grande do Norte, Rodrigo Bico, também participou e começou sua fala recitando uma poesia. Ele lembrou que panfletos, carro de som e rádios comunitárias continuam sendo meios importantes de comunicação.
“Estamos nesse momento de disputar as redes, mas não podemos parar de disputar as ruas. Quando eu era do movimento estudantil e ia divulgar uma atividade, a gente pegava um megafone, subia num banco da praça, recitava uma poesia. Todo mundo se acalmava, afagava o coração e a gente podia passar a informação, porque o público já estava ali, capturado emocionalmente. Tem o cortejo de rua para divulgar uma peça teatral; quando o circo chega na cidade, chega com o carrinho de som. Então, os agentes territoriais, junto com os comitês, têm que buscar cada vez mais esse tipo de comunicação integrativa, não ficar só nas redes sociais. A gente tem que ir até as pessoas que estão sem o celular na mão e precisam receber a informação”, lembrou.
A mediadora da atividade e coordenadora regional do PNCC no Sudeste, Fernanda Camargo, destacou que boa parte dos agentes são da geração da internet e vivem nas redes sociais. Ela lembrou que o desafio é testar outras formas. “Na minha cidade, carro de som é a rádio fofoca. Passou no carro de som, todo mundo sabe”, comentou.
Serviço
As lives são realizadas sempre às quartas-feiras, a partir das 19h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo no canal do MinC no YouTube. Confira o tema da última live desta temporada, que será realizada na próxima semana:
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26/02: Plano de Ação Cultural: possibilidades de atuação e mobilização popular dos Agentes Territoriais de Cultura
Assista a íntegra da live sobre Territorialidades e diferentes estratégias de comunicação: