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SALVAGUARDA
Mapeamento da Capoeira no Ceará registra 27 grupos ativos e 60 unidades da prática
Foto: Acervo/Iphan
Neste mês de abril foi concluída a segunda etapa do Mapeamento da Capoeira no Ceará, uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com o Grupo de Trabalho da Salvaguarda da Capoeira no estado, realizado pela empresa CAMPO — Cultura, Meio Ambiente e Patrimônio. O trabalho, que contemplou 52 municípios, registrou 4.512 praticantes da capoeira e 12 mestres que atuam na manutenção e transmissão do saber.
A ação faz parte das estratégias de salvaguarda da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira, reconhecidos desde 2008 como Patrimônio Cultural brasileiro. A segunda etapa começou em janeiro de 2024 e terminou no dia 10 de abril de 2025. No dia 1º de abril de 2025, ocorreu a apresentação dos resultados à comunidade capoeirista, em reunião híbrida, na sede da Superintendência do Iphan no Ceará. Estiveram presentes 15 capoeiristas e outros 25 participantes de forma virtual.
O levantamento percorreu as regiões de planejamento do Centro-Sul, Sertão dos Inhamuns, Sertão Central, Sertão de Canindé e Vale do Jaguaribe, e identificou 27 grupos ativos, 60 unidades de capoeira, 49 espaços abertos onde ocorrem rodas e 17 lugares de memória associados à prática.
O mapeamento da capoeira
O mapeamento é fruto de uma mobilização que teve início em 2014 e se consolidou com a criação do Grupo de Trabalho da Salvaguarda da Capoeira no Ceará, em 2016, formado por representantes dos detentores do bem cultural. Desde então, as ações são construídas de forma coletiva, com diálogo permanente entre o Iphan e os capoeiristas do estado.
A primeira etapa do mapeamento, concluída em 2023, já havia alcançado 68 municípios e identificado mais de 21 mil praticantes, 143 mestres e mestras, 151 grupos diferentes, com 253 unidades de capoeira, 96 lugares onde ocorrem rodas de capoeira em espaços abertos e 14 lugares de memória.
A terceira e última fase tem previsão de passar por 64 municípios das regiões do Litoral Oeste/Vale do Curu, Maciço de Baturité, Sertões de Crateús, parte do Litoral Norte e do Sertão de Sobral. O objetivo é completar a visão panorâmica da capoeira no Ceará, fortalecendo as ações de valorização e continuidade dessa manifestação cultural afro-brasileira.