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COP30
Cultura, sociobiodiversidade e desenvolvimento sustentável pautam participação da secretária de Economia Criativa do MinC na COP30
Foto: Gil Tuchtenhagen
A secretária de Economia Criativa (SEC) do Ministério da Cultura (MinC), Cláudia Leitão, participou, na quinta-feira (13), do debate Cultura Viva, Bosque Vivo: o papel da economia criativa e as cadeias da sociobiodiversidade, realizado no Pavilhão Iberoamérica Viva durante a COP30, em Belém (PA). O encontro integra a programação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e reuniu especialistas, gestores e representantes de diversos países para discutir como cultura, economia e meio ambiente se conectam na construção de novos modelos de desenvolvimento.
O objetivo central do debate foi evidenciar que a cultura e as cadeias da sociobiodiversidade não são apenas expressões simbólicas ou patrimônios a serem preservados, são vetores estratégicos para um desenvolvimento mais justo, verde e inclusivo, especialmente em regiões onde a riqueza natural e cultural é indissociável da vida dos territórios.
Cultura como base para escolhas sustentáveis
Ao representar o Brasil e o Ministério da Cultura, a secretária destacou que o desenvolvimento sustentável depende diretamente dos valores culturais que orientam a sociedade. Para ela, discutir sustentabilidade sem discutir cultura significa ignorar a dimensão que estrutura as escolhas econômicas, sociais e ambientais. “Estamos falando de cultura e desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável é fruto dos valores da cultura, dos valores que escolhemos para a cultura”, afirmou.
Cláudia reforçou que a cultura não deve ser percebida apenas como independência ou expressão, mas como ferramenta de emancipação. Essa perspectiva implica reconhecer que políticas públicas de economia criativa precisam estar consolidadas e alinhadas às estratégias de desenvolvimento do país.
A secretária também lembrou que a economia criativa e as cadeias da sociobiodiversidade, como artesanato, gastronomia, saberes tradicionais, bioeconomia, expressões culturais e modos de vida, são parte da base produtiva real dos territórios. Esses segmentos combinam geração de renda, preservação ambiental e valorização cultural, demonstrando que é possível construir modelos econômicos que não destruem, mas regeneram. “Nós somos, nos territórios, a base do desenvolvimento deste país”, concluiu.
Cooperação internacional para um modelo justo e verde
O debate promovido pela OEI reforçou a importância da cooperação no fortalecimento das políticas culturais e ambientais, aproximando países da Ibero-América em torno de desafios comuns, como mudanças climáticas, desigualdades regionais e preservação da sociobiodiversidade.