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CULTURA VIVA
Alagoas define propostas e elege representantes para Teia Nacional dos Pontos de Cultura
Tatiane Almeida /Ascom Secult
Com uma programação marcada por apresentações culturais que enaltecem a diversidade, a criatividade e a Cultura Viva do estado, Alagoas promoveu entre os dias 9 e 11 de dezembro, em Japaratinga, a 6ª Teia Estadual de Pontos de Cultura, reunindo representantes de mais de 50 organizações culturais. Ao longo de três dias de programação, os participantes avançaram na elaboração coletiva de propostas que irão compor a contribuição de Alagoas à Teia Nacional, que ocorrerá em março de 2026, no Espírito Santo.
O evento foi promovido pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).
As discussões abordaram temas relacionados à Política Nacional de Cultura Viva (PNVC), às condições de trabalho na cultura, à sustentabilidade das ações culturais e às pautas transversais ligadas à justiça climática. O coordenador de Articulação da Cultura Viva do Ministério da Cultura, Leandro Anton, destacou que a Teia de Alagoas se insere em um contexto mais amplo de retomada e implementação da PNCV no país, impulsionada pela rearticulação das redes estaduais, pela seleção de pontões de cultura e pela vinculação de recursos da Política Nacional Aldir Blanc.
Para ele, o encontro também evidenciou a importância de os pontos de cultura apresentarem, a partir de suas práticas, a relação entre cultura, território e justiça climática, especialmente em comunidades tradicionais e periféricas, que sofrem de forma mais intensa os efeitos das desigualdades sociais e ambientais. “A Política Cultura Viva tem um papel central no fortalecimento das organizações de base comunitária como parte do enfrentamento às emergências climáticas, articulando direitos culturais, territoriais e sociais em escala local e nacional”, afirmou.

- Foto: Tatiane Almeida /Ascom Secult
Atualmente, Alagoas conta com 174 pontos de cultura certificados no Cadastro Nacional e que estão distribuídos em 36 municípios. O valor investido na rede alagoana, via Aldir Blanc, somou mais R$ 51 milhões.
Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, a Teia cumpre um papel estruturante no diálogo entre poder público e sociedade civil. “A Teia é fundamental para Alagoas porque organiza a nossa escuta e afina o que o estado precisa construir junto com os pontos de cultura. Nestes três dias, surgiram propostas sólidas que agora seguem para a Teia Nacional, levando a essência do que as comunidades culturais defendem. Também elegemos 30 delegados que vão representar Alagoas na Teia Nacional em 2026. Para o Governo de Alagoas, esse resultado mostra o quanto a Teia fortalece nossa política cultural e mantém a Cultura Viva em movimento real no estado”, explicou.
Entre os participantes, Dota Elias, coordenador do Ponto de Cultura Família Rondezou, do povoado Riacho Branco, na zona rural de Joaquim Gomes, ressaltou a Teia como um espaço de acolhimento, troca e fortalecimento do compromisso comunitário. Segundo Dota, “a experiência de participar da Teia e ser eleito delegado reforça a responsabilidade de representar não apenas o seu Ponto de Cultura, mas também o município, o estado e os territórios quilombolas, indígenas, rurais e de matriz africana na Teia Nacional”, levando demandas por reconhecimento, visibilidade e fortalecimento das ações culturais já desenvolvidas em Alagoas.