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PRESERVAÇÃO
3º Encontro da Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais discute bases de dados
Foto: Filipe Araújo
Realizado no dia 7 de outubro, de forma online, o 3º Encontro da Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais contou com mais de 125 participantes, entre estudantes e profissionais de instituições de todo o país, como o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), a Cinemateca de Curitiba, o Arquivo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Arquivo Nacional, o Centro Técnico Audiovisual (CTAv) da Secretaria do Audiovisual (SAv/MinC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
O tema do encontro foi Bases de Dados. A mediação ficou a cargo de Mauro Domingues, chefe de Divisão da Diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual (DPDA/SAv). Ele destacou que “A troca de experiências entre instituições é essencial para fortalecer a preservação do patrimônio audiovisual brasileiro.”
A Rede é uma iniciativa da Secretaria do Audiovisual, inserida no Programa de Preservação do Audiovisual Brasileiro. Ela reúne instituições públicas e privadas que preservam obras audiovisuais e seus materiais correlatos, como cartazes e fotografias dos filmes. O objetivo é apoiar essas instituições por meio de ações formativas, troca de conhecimentos e tecnologia, além de incentivar parcerias entre elas para fortalecer todos os arquivos audiovisuais que fazem parte do sistema.
Os encontros têm como finalidade promover a formação técnica e o intercâmbio de conhecimento entre profissionais do campo, abordando desafios que aparecem no dia a dia do trabalho realizado por eles em suas instituições.
Como destaca Dalton Lopes Martins, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) “Acho necessário e fundamental para formar os técnicos, dado que são questões novas e que, em sua maioria, não fizeram parte das formações dos profissionais atuando no campo.”
Dalton também apresentou o Projeto Tainacan, uma plataforma de código aberto para gestão e publicação de coleções digitais. “Formar técnicos e construir referências é essencial para o amadurecimento da área e o desenvolvimento de soluções práticas”, ressaltou, ao mostrar como a ferramenta contribui para a preservação de acervos digitais.
Cristina Ruth Santos, do Arquivo Nacional do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), reforçou a importância das bases de dados de código aberto e da descrição adequada dos acervos. “Precisamos ouvir uns aos outros e debater o melhor caminho a seguir; a experiência de um pode e deve ajudar ao outro”, afirmou, destacando o valor da cooperação entre instituições.
Os participantes também compartilharam impressões sobre o encontro. Rafael Schuabb, chefe de Preservação Audiovisual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), comentou “Foi inspirador ouvir relatos de outros arquivos audiovisuais brasileiros. Compartilhar problemas e soluções ajuda todos a avançar, mesmo com recursos limitados.”
O próximo encontro temático está marcado para novembro de 2025, e a expectativa é que os encontros continuem em 2026. Os temas são definidos com base nas informações das instituições participantes e nas visitas técnicas realizadas em todas as regiões do país.
Ainda em 2025, estão previstas visitas aos Museus da Imagem e do Som do Amapá e de Manaus. Com encontros periódicos e troca constante de experiências, a Rede fortalece o campo da preservação do patrimônio audiovisual brasileiro e incentiva a cooperação entre instituições de todo o território nacional.