Poder transformador da ciência foi tônica dos discursos na entrega do Prêmio Destaque na Iniciação Científica

O poder transformador da ciência foi a tônica dos discursos durante a cerimônia de entrega da 22ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica – 2024, realizada na 77ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na UFRPE, em Recife. Os agraciados lembram o impacto positivo da bolsa concedida pelo CNPq em suas vidas, citando desde o fortalecimento do respectivo interesse pela pesquisa à ampliação de horizontes, que deu a muitos perspectivas de futuro até então não imaginadas. E a mesa – formada pelo presidente do CNPq, Ricardo Galvão; pela presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader; e a nova presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Francilene Garcia – , valorizou a importância de se premiar jovens talentos da ciência.

"Premiar cientistas, principalmente os jovens, é importantíssimo para o país. Temos que colocar no espírito deles a semente do desenvolvimento científico, para que acreditem na ciência, acreditem que eles podem fazer muito pelo país", disse o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.

A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, não conteve a emoção na cerimônia. "Estou muito emocionada, primeiro por estar aqui nessa premiação. Para mim, isso aqui é o Brasil que dá certo, é o Brasil que acredita que, via educação e ciência, podemos realizar tudo aquilo que sonhamos", disse. 

A nova presidente da SBPC, Francilene Garcia, foi na mesma linha: "Reconhecer e dar visibilidade ao início de jovens que gostariam de estabelecer uma escolha pela carreira de cientistas é algo que não só nos dá muita alegria, mas inspira que a gente tenha um Brasil melhor sendo construído."

Instituição agraciada neste ano pelo prêmio, na categoria Mérito Institucional, a Unicamp foi representada pela pró-reitora de Pesquisa, Ana Frattini Fileti. "Parabéns, premiados. Vocês são sensacionais e não imaginam como nos deixam felizes ao perceber que existe o interesse e a vontade de fazer ciência. Obrigada, professor Galvão e toda a equipe do CNPq, por reconhecer o mérito institucional da Unicamp", afirmou.

Luciele Cardozo

Alguns dos agraciados vão além e consideram a bolsa recebida do CNPq um fator que proporcionou a eles melhores condições sócio econômicas para o prosseguimento de seus estudos. Luciele Cardozo, contemplada na categoria Bolsista de Iniciação Científica, da área de Ciências da Vida, resume o sentimento ao afirmar que a bolsa é fundamental para muitos estudantes. Eles dependem dela para tornar possível a conquista de seus sonhos.  “Ela [a bolsa] me proporcionou a possibilidade de frequentar a Universidade e me dedicar às pesquisas. Sem esse apoio, minha família não teria condições de arcar com os custos envolvidos na minha participação ativa na vida acadêmica. Além disso, participar de um projeto de pesquisa, aprender na prática e contribuir com novos conhecimentos foi decisivo para que eu confirmasse minha vocação e decidisse seguir carreira na área científica”, ressalta. A estudante, que sempre estudou em escola pública, diz que seguir os estudos sempre foi seu maior objetivo. "Hoje, ao alcançar essa conquista, tenho a certeza de que estou trilhando o caminho certo. Acredito que bolsas como a bolsa de Iniciação Científica devem ser valorizadas e ampliadas, afinal elas mudam vidas”, reforça.

Para Cardozo, a notícia do resultado do Prêmio deu sentido a todos os anos de dedicação aos estudos. "Cada etapa da minha trajetória acadêmica me trouxe até aqui, e sou profundamente grata a todos que fizeram parte desse caminho. Agradeço especialmente à minha orientadora, minha coorientadora, à UENF, aos profissionais incríveis com quem cruzei, aos amigos e familiares que sempre estiveram ao meu lado”, diz. Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Cardozo cursa mestrado em Biotecnologia Vegetal na mesma instituição, sob a orientação da bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e professora do Centro de Biociências e Biotecnologia da UENF, Clicia Grativol Gaspar de Matos e coorientação de Paula Machado de Araújo. Cardozo agora diz que seguirá firme em sua trajetória, aproveitando ao máximo a bolsa de doutorado concedida como premiação e se preparando para realizar o sonho de se tornar doutora “Por muito tempo, essa etapa parecia distante, mas agora faz parte do meu futuro. Sou eternamente grata ao CNPq por me proporcionar essa oportunidade tão transformadora”, completa

Natália Chagas

Para Natália Marinho Caldas, graduanda em Farmácia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e contemplada na categoria Bolsista de Iniciação Científica, da área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, o prêmio concedido pelo CNPq é uma conquista imensa. “Ganhar esse prêmio representa um passo importante para o meu futuro e minha carreira”, diz ela, que planeja seguir carreira como pesquisadora.  O Prêmio concedido pelo CNPq é mais uma premiação no currículo de Caldas, que em 2024 obteve o primeiro lugar como melhor trabalho na categoria Apresentação em Pôster, em evento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi primeiro lugar do Prêmio Vasconcellos Torres de Iniciação Científica na área de Ciências Exatas, promovido pela UFF. Em 2025, Caldas também foi contemplada com o primeiro lugar da categoria Iniciação Científica do Prêmio Mulheres na Ciência, da UFF.

Caio Burton Pereira

Ainda bolsista de Iniciação Científica, Caldas afirma que a experiência mudou sua vida. “Me proporcionou contato direto com a pesquisa, desenvolvendo meu senso crítico de futura pesquisadora. Ser bolsista do CNPq me impulsionou a sempre dar o meu melhor”, conclui. Reforçando a opinião de Caldas, Caio Burton Pereira, agraciado na categoria Iniciação Tecnológica, na mesma área de conhecimento, reforça que a bolsa foi fundamental para o desenvolvimento de seu projeto e, além de viabilizá-lo, fortaleceu seu interesse pela pesquisa. “Possibilitou a aquisição de materiais de estudo e reduziu o peso das dificuldades financeiras, permitindo que eu me dedicasse integralmente à pesquisa. Já tinha interesse pela área científica, mas sem esse apoio, manter essa trajetória seria inviável. Provavelmente, eu teria precisado buscar um estágio ou algum outro projeto com bolsa da universidade para garantir minha permanência acadêmica”, afirma.

Rodrigo Veras

Estudante de Ciência da Computação na Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisador no LIMCI (Laboratory of Image Processing and Computational Intelligence), da mesma universidade e bolsista de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), com foco em inteligência artificial, visão computacional e desenvolvimento mobile, Pereira ressalta que ser contemplado pelo Prêmio do CNPq o estimula a seguir na trajetória da pesquisa científica com ainda mais confiança e responsabilidade. Ele considera o Prêmio um  reconhecimento da relevância de seu trabalho. O projeto é   desenvolvido com seu orientador, o bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e professor do Departamento de Computação da UFPI, Rodrigo de Melo Souza Veras. “É uma imensa satisfação ver nossos esforços valorizados em âmbito nacional, reforçando a importância da pesquisa acadêmica como instrumento de transformação e impacto positivo na sociedade”, diz ele, que quer contribuir com soluções que aproximem a ciência da população e que atendam suas necessidades, executando projetos voltados em especial para áreas com dificuldades de acesso a serviços. “Foi com esse propósito que criei, durante a iniciação tecnológica, o protótipo de um aplicativo capaz de classificar, a partir de uma imagem facial capturada pela câmera do celular, a possibilidade de uma pessoa apresentar a Doença de Parkinson”, ressalta.

Tiago de Melo Meza

Tiago de Melo Meza, contemplado na categoria Bolsista de Iniciação Científica, da área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, concorda com Caldas e Pereira sobre a importância da bolsa de Iniciação Científica, ao lembrar que teve a oportunidade de usufruir desse tipo de bolsa por três vezes. “Cada uma delas contribuiu de forma única na minha formação. A bolsa foi essencial para que eu pudesse me dedicar à pesquisa, ter contato com pesquisadores experientes e entender como o conhecimento pode surgir do diálogo com quem vive a realidade da Amazônia. Isso reforçou ainda mais meu interesse por temas relacionados ao desenvolvimento sustentável”, afirma ele, que usufruiu as bolsas de Iniciação Científica em três projetos desenvolvidos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).

Ao mencionar sua região geográfica, Meza diz esperar que o Prêmio proporcione oportunidades para a construção de novos aprendizados e trocas, que contribuam para o desenvolvimento da região. “Para mim, esse prêmio representa a valorização da ciência feita pela juventude amazônida e reforça a importância de aprendermos com as comunidades tradicionais. Como jovem nascido e criado no interior do Amazonas, esse reconhecimento ganha um significado ainda mais especial. Vejo esse prêmio como um incentivo para que mais jovens se tornem protagonistas na construção de novas discussões e estratégias voltadas ao desenvolvimento sustentável da nossa região, com respeito, empatia e fortalecimento dos saberes locais”, observa. Meza deve concluir o curso de Administração, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), este ano,  e espera que o Prêmio recebido inspire outros jovens da Amazônia a acreditarem no poder transformador da ciência. “Não apenas como caminho profissional, mas como forma de dar voz à nossa terra”, resume.

Isabelle Dordan da Cunha

Isabelle Dordan da Cunha, graduanda em Design da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e contemplada na categoria Bolsista de Iniciação Tecnológica, na mesma área de conhecimento de Meza, por seu turno, diz que receber o Prêmio fez com que ela cogitasse novas perspectivas de futuro, que até então não considerava. “Essa conquista expandiu meus horizontes em relação à atuação acadêmica e às oportunidades que ela oferece”, admite. Direcionando mais tempo e energia aos estudos e pesquisas, Cunha acredita que o Prêmio é um incentivo para que ela siga trajetória acadêmica, algo que lhe parecia distante até então. “Sou profundamente grata ao CNPq por ter sido contemplada com a bolsa de Iniciação Tecnológica e pelo reconhecimento que o projeto de pesquisa recebeu”, confessa. Ela confessa que sua premiação foi relevante também para todos da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design (FAIED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). “É uma grande oportunidade de crescimento acadêmico e pessoal, e fico extremamente feliz e honrada de poder estar no 77° Evento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e representar todas as pessoas que fizeram parte da trajetória que tornou isso possível e fez com que a pesquisa chegasse até aqui”, completa.

Guilherme Pasqual

O mesmo sentimento de gratidão é compartilhado por Guilherme Pasqual,  agraciado na área de Ciências da Vida, categoria Bolsista de Iniciação Tecnológica, a bolsa recebida foi um “divisor de águas” em sua trajetória acadêmica. “A bolsa veio como um incentivo essencial, não apenas financeiro, mas também como um reconhecimento do meu esforço e do potencial do projeto. Ela me proporcionou condições mais favoráveis para me dedicar aos estudos, aprimorar minhas habilidades, desenvolver senso crítico e aprofundar meus conhecimentos. Além disso, contribuiu para fortalecer meu interesse pela pesquisa aplicada e pelo desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas reais”, diz. Para ele, biomédico graduado pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia da mesma instituição, ganhar o Prêmio do CNPq representa o reconhecimento de um trabalho construído com dedicação e esforço.  “Mais do que uma conquista pessoal, esse prêmio simboliza a importância da ciência feita com responsabilidade, curiosidade e compromisso. É um estímulo para continuar trilhando esse caminho, que envolve desafios, mas também muitas recompensas. Sinto uma profunda gratidão pela oportunidade de ter participado de um projeto que não só contribui para o avanço do conhecimento, mas que também pode impactar positivamente a vida das pessoas”, observa.

Pasqual afirma querer retribuir tudo que a ciência proporcionou a ele até o momento, mostrando como a pesquisa pode ser transformadora. Ele também espera que a premiação seja uma inspiração para outros jovens pesquisadores. “Receber esse prêmio me faz olhar para o futuro com ainda mais esperança e responsabilidade. Desejo continuar estudando, pesquisando e contribuindo com soluções inovadoras que unam tecnologia e ciência para melhorar a qualidade de vida das pessoas. É muito gratificante saber que estamos apenas no começo e que há um mundo de possibilidades a serem exploradas pela ciência e pela tecnologia”, conclui.

Davi de Santa Rosa Medeiros

Observações sobre importância da bolsa concedida pelo CNPq também foram unânimes entre os contemplados na categoria Bolsista de Iniciação Científica Júnior, que receberam o benefício ainda no ensino médio. Na opinião geral dos agraciados, além de estimular o interesse pela ciência, a bolsa os ajudou a ampliar seu horizonte, fazendo com que percebessem novas perspectivas na área acadêmica e de pesquisa. Davi de Santa Rosa Medeiros,  agraciado na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias  diz que desde a infância já tinha interesse pela pesquisa científica. Ao receber a bolsa, ele teve a chance de vivenciar um pouco da realidade acadêmica, que até então lhe parecia distante. “Confesso que, no começo, fiquei apreensivo: era uma grande responsabilidade ser remunerado para desenvolver um projeto. Além disso, o tema me parecia bastante desafiador. Mas, com o tempo, fui aprendendo, ganhando segurança e vendo o quanto era possível crescer com a experiência. Ainda fico nervoso antes de apresentar em congressos e eventos, mas hoje entendo que esse nervosismo também faz parte do processo de amadurecimento como jovem pesquisador”, diz.

Fascinado por astronomia desde cedo, Medeiros foi contemplado com o relatório “Estudo espectroscópico da Galáxia Peculiar AM 0212-412 (ESO 298-IG 024”, resultado de projeto desenvolvido junto à Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Agora ele sonha conseguir financiamento para realizar visita técnica presencial ao Telescópio SOAR, no Chile, para desenvolver um estudo espectroscópico com um instrumento com o espelho maior. “A  fim de diferenciar os dois núcleos da galáxia, o que não foi possível com o Perkin-Elmer do OPD, e, assim, aprofundar a análise espectral e estrutural da AM 0212-412”, explica.

Para Medeiros, ser contemplado com o Prêmio mostra que é possível fazer ciência de verdade ainda no ensino médio. “Essa experiência reforçou meu desejo de seguir atuando na pesquisa, aprimorando minhas habilidades e aprofundando meu conhecimento ao longo da graduação e da pós-graduação. Sei que o caminho até me consolidar como pesquisador é longo, mas é o que escolhi com paixão e propósito. Meu maior objetivo é contribuir de forma significativa para o avanço da ciência no Brasil e ajudar a fortalecer a cultura científica desde a base”, frisa. Medeiros também quer mostrar a outros jovens que a ciência não é algo inacessível. “Pode iniciar de um projeto simples na escola, a partir de uma observação ou de uma curiosidade. Se você gosta de entender como o mundo funciona, há espaço para você na ciência. Basta acreditar, buscar apoio e dar o primeiro passo”, conclui.

Carmen Keli Santos Sousa

Carmem Keli Santos Sousa, contemplada na mesma categoria, na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes,  repercute a opinião de Medeiros ao comemorar a conquista do Prêmio. “Nunca havia passado pela minha cabeça, que um dia eu iria ganhar algo assim, ele representa o esforço, a dedicação e o carinho que coloquei em meu trabalho. A bolsa me proporcionou uma experiência única e transformadora”, afirma ela, que diz ter aprendido a valorizar ainda mas as culturas tradicionais.

João Vitor Pedroso da Silva

João Vitor Pedroso da Silva, agraciado também na categoria Bolsista de Iniciação Científica Júnior, na área de Ciências da Vida, por sua vez, também ressalta a importância de receber o benefício para sua formação. “Saber da bolsa foi aquilo que me deu o incentivo inicial para querer fazer parte do projeto e entender melhor as etapas que mais gosto na pesquisa científica, o que também me permitiu ser introduzido no ambiente universitário de forma mais gradual e dinâmica”, diz ele, que este ano começou a graduação em Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Para ele, ganhar o Prêmio, mais do que um reconhecimento, significa estar um passo mais perto dos seus objetivos. “Espero poder terminar minha graduação em economia, dar início ao mestrado, fazer novas pesquisas na minha nova área de especialização, seguir uma carreira como pesquisador ou com algum emprego que me satisfaça, enfim, ainda estou apenas no início disso tudo, muita coisa pode mudar e ganhar esse prêmio é uma prova de que tenho muitos caminhos pelos quais ainda posso seguir”, observa.

Menções Honrosas

Além dos contemplados com as premiações principais, esta edição do Prêmio agraciou com Menção Honrosa os Bolsistas de Iniciação Científica João Pedro Emanuel Ferreira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Vinícius Carluccio de Andrade, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Isabele Rodrigues Praxedes, da Fundação Oswaldo Cruz, na área de Ciências da Vida.

Também receberam Menção Honrosa os Bolsistas de Iniciação Tecnológica Maria Laura Mendes dos Santos Leal, da Fundação Oswaldo Cruz (Piauí), da área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Isabella Morel Bordignon, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na área de Ciências da Vida.

Os contemplados com Menção Honrosa na categoria Iniciação Científica Júnior foram Rebeca Rosa Marins, que desenvolveu projeto junto à Universidade Estadual de Londrina (UEL), na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Carolina de Araújo Pereira da Silva,  com projeto desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), na área de Ciências da Vida.