Presidente do CNPq participa da abertura oficial do 63º Fórum do CONSECTI e do CONFAP

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, participou na quarta-feira, 13 de março de 2024, da cerimônia de abertura oficial do 63º Fórum do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (CONSECTI) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), realizada no SESI LAB, em Brasília. O Fórum reúne secretários estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação e presidentes e equipes técnicas de vinte e sete Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e objetiva promover o diálogo com entidades e agências de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação federais e internacionais, sobre temas prioritários da política científica e tecnológica brasileira. Durante o evento, ocorreram também as premiações dos agraciados com o Prêmio CONFAP de Boas Práticas em Fomento à C, T&I e dos ganhadores da terceira edição do Prêmio CONFAP de Ciência, Tecnologia & Inovação Johanna Döbereiner. Este último  contou com o apoio do CNPq no processo de seleção dos candidatos premiados e foi patrocinado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI).

Segundo o presidente da CONFAP, Odir Dellagostin, é preciso trabalhar para fortalecer e aprimorar ações conjuntas e colaborativas, para que se consiga fazer mais entregas para a sociedade na área de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Eu acho que aqui nós temos um fórum com a maior capilaridade que poderíamos ter no país, nós temos um fórum cujo propósito é dialogar, refletir, construir uma política de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação que consiga atender às necessidades do país e, neste aspecto, a presença dos nossos representantes das agências federais, o diálogo que nós conseguimos estabelecer com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,  são aspectos extremamente importantes e positivos”, ressaltou ele. Dellagostin disse que as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa se encontram dispostas a participar desse diálogo e afirmou que, se for estabelecido uma cooperação entre agências, haverá mais e melhores resultados. “Precisamos dar mais robustez a essas nossas ações conjuntas”, observou. Ele lembrou que a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, marcada para junho deste ano, mas que começou com encontros locais ano passado, proporciona um ambiente de diálogo e de reflexão que auxiliará a definir o rumo que o Brasil deve seguir para se fortalecer na área de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Foto: Joyce Jardim

Para Luís Fernandes, Secretário Executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a transformação de Ciência, Tecnologia e Inovação em pilar central do país exige que a política do setor seja também uma política de Estado. Nesse contexto, o secretário executivo do MCTI salientou a relevância da composição do CONSECTI e da CONFAP, que abrange diferentes perfis políticos. “A ação conjunta dessa variedade de representações políticas é o que nos garante continuidade na política de C,T&I. Nós somos todos elos, polos, componentes de um mesmo sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação”, afirmou. Ao comentar iniciativas de cooperação na área, o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, contudo, alertou que esses acordos têm de ser bem coordenados. “Havia colaborações no passado, mas às vezes não eram bem articuladas”, disse. Ele lembrou que a multiplicação do número de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) ocorreu, em especial, devido à colaboração com a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) com o FNDCT (Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia) e a FINEP. ”Então pudemos dobrar o número de INCTs, primeira prova clara de que a ciência voltou”, afirmou. O presidente do CNPq citou como exemplo de colaboração bem-sucedida a coordenação com as FAPs, que estão complementando as bolsas de pesquisa. “O Programa de bolsas de Produtividade em Pesquisa é 1/3 do orçamento do CNPq. A ideia é: tem a classificação, aqueles que ficam em segunda prioridade no estado, as FAPs botam recurso. Essa articulação é importantíssima. Nosso sistema tem de ser integrado. Essa integração tem de ser bem articulada”, observa.

Foto: Joyce Jardim

Também participaram da cerimônia de abertura a presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho; o  secretário de Estado da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF), Leonardo Reisman; o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior;e o presidente do CONSECTI, Sílvio Bulhões.