Anatel defende centralidade nos esforços para promoção da cidadania digital

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Alexandre Freire convidou, na abertura do Futurecom 2025, os participantes a transformarem o encontro não apenas em um espaço de debate de ideias e apresentação de inovações tecnológicas, mas também em um ponto de virada para a inclusão digital. Na plateia, estava presente o conselheiro da Anatel Edson de Holanda, empossado no último dia 10. O Futurecom é o principal congresso de telecomunicações do País, iniciado nesta terça-feira (30/09), em São Paulo. 

“Que daqui surjam parcerias, compromissos e projetos capazes de transformar a vida concreta das pessoas, não apenas na Faria Lima (um dos principais centros financeiros do País, em São Paulo), mas também no Piauí, no Acre, em Roraima, no Amazonas — onde estão aqueles que mais precisam de todos nós”, afirmou. 

Em sua fala, Freire destacou que, diante do atual desenvolvimento tecnológico, a cidadania digital está entre os aspectos mais relevantes do Estado Democrático de Direito. “Para renovar o título de eleitor, para mudar o domicílio eleitoral, para acessar benefícios do governo digital — tudo isso hoje se faz pelo celular”, exemplificou. 

Segundo ele, alcançar a inclusão digital de todos os cidadãos brasileiros — uma “utopia não distante”, em suas palavras — exige não apenas expandir as redes de telecomunicações, mas também garantir que elas sejam eficientes, resilientes e sustentáveis do ponto de vista ambiental. 

“A tecnologia está a serviço das pessoas. Não basta adotar novas soluções: é preciso que elas estejam alinhadas ao interesse público, à cidadania, garantindo direitos, assegurando oportunidades e, sobretudo, fazendo valer a dignidade da pessoa humana”, afirmou, em consonância com a visão do presidente da Anatel, Carlos Baigorri. 

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, destacou, em seu pronunciamento de abertura, os esforços conjuntos da Anatel e do Ministério para ampliar a conectividade no País. Como exemplo, citou a elaboração de uma nova política nacional de conectividade de rodovias, cuja consulta pública foi lançada em paralelo à consulta regulatória da Anatel sobre o mesmo tema. 

Tercius também ressaltou a participação da Anatel na construção do futuro Plano Nacional de Inclusão Digital, em parceria com outros 18 ministérios e 24 entidades da sociedade civil. Além disso, mencionou avanços da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, que conta com a participação da Anatel e com recursos provenientes do leilão do 5G promovido pela agência.