Seminário sobre o Programa Espacial Brasileiro é realizado no palácio do Itamaraty

Nesta quarta (29), foi realizado o seminário “Programa Espacial Brasileiro”, na sala San Tiago Dantas do Palácio Itamaraty, em Brasília. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), em conjunto com a Agência Espacial Brasileira (AEB), a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O seminário foi dividido em painéis que abordaram a história do Programa Espacial Brasileiro (PEB): conquistas e aprendizados; o Programa Espacial Brasileiro hoje; o ambiente internacional espacial; e o futuro da exploração espacial no Brasil. Cada sessão teve uma breve apresentação de especialistas e, em seguida, os participantes puderam fazer perguntas e comentários.

“Esse foi um ano excelente para o Programa Espacial Brasileiro e culmina, maravilhosamente, com essa cerimônia promovida pelo MRE. As apresentações que vão acontecer aqui, hoje, sobre o passado, o presente e o futuro do Programa Espacial representam apenas o primeiro dia do resto do PEB e ele começa muito bem. Devemos mostrar à sociedade brasileira que o PEB e a infraestrutura espacial são importantes para o país. Um país com uma dimensão territorial como o nosso merece um Programa Espacial à altura”, disse o presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, na cerimônia de abertura.

Presidente da AEB

No primeiro painel, o diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios, Paolo Gessini, explicou sobre a importância da cooperação internacional (EUA, Alemanha, China, Ucrânia e Coreia do Sul) no desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. A cooperação internacional é um dos elementos prioritários para o progresso dos programas espaciais, especialmente em países em desenvolvimento.

Já no segundo painel, o diretor substituto de Governança do Setor Espacial, Marcio Akira Harada, apresentou o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Durante sua fala, foi exibida uma introdução sobre o documento e a sua importância para o PEB; a visão do futuro: ser o país sul-americano líder no mercado espacial; os objetivos estratégicos; as prioridades do PEB e os setores-chave, eixos de atuação e programas setoriais; e a dimensão setorial (operacional): o Procedimento para Seleção e Adoção de Missões Espaciais (ProSame).

O presidente da AEB também participou do segundo painel e abordou a temática “Economia Espacial: desenvolvimento integrado, operações e potenciais benefícios sociais”. A economia espacial são as atividades e a utilização de recursos que criam valor para os seres humanos na exploração, na investigação, na compreensão, na gestão e na utilização do espaço. Na oportunidade, Chamon mostrou sua aplicabilidade e os benefícios para a sociedade brasileira.

O assessor de Cooperação Internacional, Péricles Cardim, participou do terceiro painel, que teve como tema de apresentação a “Cooperação internacional entre Agências Espaciais: usos pacíficos e reflexão para o futuro”. Foram discutidas as parcerias internacionais, as respectivas áreas temáticas que norteiam essas parcerias e a importância das boas relações entre as Agências e dos acordos bilaterais.

Estiveram presentes na mesa de abertura o presidente da AEB, Marco Antonio Chamon; a secretária-geral das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha; o chefe do Subdepartamento Técnico (SDT) do DCTA, Major Brigadeiro Luciano Valentim Rechiuti; o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Clézio De Nardin; o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros; e a diretora da UNOOSA, Aarti Holla-Maini (virtualmente).

Acesse aqui a programação completa.

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.