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AEB E INCRA FIRMAM PARCERIA PARA DESENVOLVER SISTEMA ESPACIAL INCRA SAT
Um acordo de cooperação técnica assinado na tarde de quarta-feira (04.05) entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) vai garantir o desenvolvimento de um sistema espacial de observação da terra denominado Incra Sat.
O presidente da AEB, José Raimundo Coelho, ressaltou a importância de levar as ferramentas geoespaciais para outros setores da sociedade, e não apenas para centros de pesquisas e universidades. “A assinatura desse acordo mostra que o programa espacial está cumprindo a sua missão ao atender às crescentes necessidades e demandas da área no Brasil”, afirmou.
O projeto Incra Sat contará com a experiência técnica da AEB aliada às necessidades do Incra. O novo sistema espacial se compõe de oito etapas, e está previsto para ser concluído até 2021. Durante o período de construção será desenvolvido o sistema de gerenciamento de informações específico para atender às demandas do Incra. O lançamento do satélite também será feito em parceria com outras instituições públicas para a geração de dados e uso compartilhado da informação.
Para a presidente do Incra, Maria Lúcia de Oliveira Falcon, a política de estado deve permanecer e ter continuidade, pois a autarquia está sendo estruturada para que tenha condições de fazer governança fundiária, usando as tecnologias mais modernas possíveis. “Estamos trabalhando também para que a carreira de perito agrário tenha fundamentação científica e tecnológica”, explicou.
O presidente, José Raimundo Braga, disse ainda que a parceria firmada com o Incra é de extrema relevância para o país. “Do ponto de vista estratégico os recursos investidos na área espacial são poucos, e qualquer país que coordene um programa espacial precisa se comprometer com investimentos vultosos e de longo prazo. O programa espacial é pertinente e o que falta é coerência, regularidade e continuidade”, afirmou.
Uma das alternativas para minimizar a falta de recursos, segundo José Raimundo, é buscar parcerias que estão na personagem dos usuários, os quais necessitam dessa instrumentação. “ Nós não podemos ser usuários de nós mesmos. Essa fase já passou há anos, quando a gente justificava que precisava de autonomia na área, portanto qualquer coisa valia, quem definia isso era nós próprios. A solução hoje é fazermos o que estamos fazendo nesse momento, aliar necessidade e oportunidade, um casamento perfeito”, ressaltou.
“Independentemente de quem estará à frente desta autarquia nos próximos anos e para além das questões políticas, trata-se de uma medida de aprimoramento institucional e tecnológico, que vai qualificar e melhorar as condições de trabalho dos servidores, dotar a autarquia de inteligência gerencial e sobretudo lançar as bases para uso efetivo das tecnologias, melhorando o controle da malha fundiária e do cadastro de todos os imóveis rurais do Brasil”, concluiu a presidente do Incra, Maria Lucia.
Foto: Valdivino Júnior/CCS/AEB
Coordenação de Comunicação Social – CCS