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Jardim Botânico do Rio de Janeiro coordena Plano de Ação para conservação da flora ameaçada da Bacia do Alto Tocantins
Foto | Julio Itacaramby
O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Bacia do Alto Tocantins (PAN Bacia do Alto Tocantins) foi oficializado nesta quarta-feira, 28 de junho, por portaria publicada no Diário Oficial da União . O Plano tem como objetivo “ampliar, em 5 anos, as medidas de conservação das espécies-alvo, dos ambientes e a manutenção de serviços ecossistêmicos, com envolvimento de toda a sociedade”.
O PAN Bacia do Alto Tocantins tem vigência até 2028 e está sob a coordenação do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), por meio do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). O CNCFlora também coordenou as oficinas para a elaboração do PAN, que faz parte do Projeto Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-Espécies: todos contra a extinção.
Durante os meses de julho a setembro de 2022, as oficinas contaram com a participação de 44 colaboradores de 16 instituições em encontros virtuais, para planejar e definir estrategicamente as ações de conservação para as 98 espécies-alvo e seus ambientes naturais. Esse grupo foi composto por representantes de agências governamentais federais, estaduais e municipais, universidades, organizações não governamentais, setor produtivo e comunidades locais.
Entre as espécies da flora que são alvo do PAN Bacia do Alto Tocantins, há 14 classificadas na categoria Criticamente em Perigo (CR), 58 na categoria Em Perigo (EN) e 26 na categoria Vulnerável (VU). Também são contempladas 29 espécies classificadas na categoria Quase Ameaçada (NT) e 15 na categoria Dados Insuficientes (DD).

- Griffinia nocturna, espécie classificada como Criticamente em Perigo de extinção (CR) | Foto: Antonio Campos Rocha Neto
Griffinia nocturna, uma das espécies-alvo, classificada como CR
Foto | Antonio Campos Rocha Neto
Para alcançar o objetivo proposto, o PAN estabelece 24 ações de conservação, divididas em quatro objetivos específicos, que abrangem Pesquisa e Monitoramento, Capacitação e Comunicação, Manejo e Conservação, e Políticas Públicas. Essas ações serão conduzidas por 16 articuladores e contarão com o apoio de 105 colaboradores, além do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) que é composto por 13 membros.
Planos de Ação Nacionais
Cada Plano de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção - PAN é um instrumento de gestão, construído de forma participativa, para o ordenamento e a priorização de ações para a conservação da biodiversidade e seus ambientes naturais, com um objetivo estabelecido em um horizonte temporal definido. O ponto de partida para a elaboração das estratégias são as principais ameaças que contribuem para a diminuição das populações de espécies classificadas como ameaçadas de extinção. Dessa forma, os PANs têm o potencial de promover o desenvolvimento sustentável, a pesquisa, a educação ambiental, a conservação dos ecossistemas, a recuperação populacional e, consequentemente, a diminuição do risco de extinção.
O Pró-Espécies é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund), implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e tem o WWF-Brasil como agência executora.