Geral
Evento na Escola Nacional de Botânica Tropical debate o papel da regeneração natural na restauração de paisagens em larga escala
De 19 a 21/11, aconteceu na ENBT oficina com o objetivo de entender os gargalos e oportunidades no uso da regeneração natural na restauração florestal. Além de aprofundar o debate sobre o tema, foi discutida a construção de uma agenda para priorizar ações de restauração florestal em larga escala, baseada na identificação de situações que permitam o uso de metodologias e técnicas de baixo custo e com o potencial para gerar múltiplos benefícios para a natureza e sociedade.
O evento foi organizado pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade, World Resources Institute, International Union for Conservation of Nature e PARTNERS, com o apoio do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Food and Agriculture Organization of the United Nations, Conservation on Biological Diversity e Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.
O Contexto
Em 2011, na Alemanha, foi anunciado o Desafio de Bonn: compromisso de restaurar 150 milhões de hectares de áreas desmatadas e degradadas até 2020. Em 2014, durante o UN Climate Summit 2014, esse compromisso foi reforçado através de uma meta global para restaurar 350 milhões de hectares de áreas degradadas de agricultura e florestas até 2030, uma área maior do que a Índia.
Os métodos convencionais de restauração, como por exemplo o plantio de mudas em área total, frequentemente demandam muito esforço e recurso. A luz dessa meta, dentre outros acordos ambiciosos de restauração em larga escala, faz-se necessário identificar situações ambientais que permitam o uso de metodologias e técnicas de baixo-custo. Diante desse cenário, as situações ambientais com alta resiliência, ou potencial de auto-recuperação, que permitam a condução da regeneração natural, precisam ser identificadas com maior eficiência possível. Da mesma forma, a regeneração natural, como uma das metodologias mais desejáveis, merece ainda estudos adicionais e avalição dos seus benefícios.