Notícias
Brasil e Costa do Marfim dialogam para iniciar parceria sobre restauração florestal
Foto: Ascom/SFB.
O Brasil e a Costa do Marfim poderão firmar uma cooperação para assuntos florestais nos próximos meses. Na última semana, uma delegação do país africano foi recebida pelo diretor-geral substituto do Serviço Florestal Brasileiro, Marcus Vinicius Alves, e a coordenadora de Temas Internacionais do SFB, Raquel Taitson. Depois de ouvirem sobre a atuação do Serviço Florestal Brasileiro e o funcionamento das concessões florestais, os visitantes marfinenses demonstraram interesse nos instrumentos de restauração e sugeriram parceria para a troca de informações técnicas, apoio e identificação de oportunidades.
Marcus Vinicius Alves explicou as características da restauração em terras públicas e privadas no Brasil: “toda restauração pública em nosso País é voltada para a recomposição da vegetação nativa. Quando no domínio público, é uma obrigação estatal e se dá, majoritariamente, por meio de concessões florestais. Em relação às áreas privadas, o SFB presta apoio, mas, neste caso, a restauração é uma obrigação do proprietário rural. Nesses casos, os produtores podem se beneficiar de Sistemas Agroflorestais (SAFs).”
Antes de visitar o Serviço Florestal Brasileiro, a delegação esteve no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e conversou com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre os integrantes do país africano estavam o ministro das Águas e Florestas da Costa do Marfim, Laurent Tchagba; a chefe do serviço de Comunicação e das Relações Públicas, Doumbia Namaré épouse Koné; o embaixador da Costa do Marfim no Brasil, Diamoutene Alassane Zié; e o ministro conselheiro da Embaixada da Costa do Marfim no Brasil, Lamine Kanté.
Atualmente, a Costa do Marfim possui menos de 3 milhões de hectares de florestas e a meta, até 2030, é de adicionar áreas remanescentes e incrementar com mais 3,5 milhões de hectares, chegando a 20% do território nacional com cobertura florestal. O país africano também possui um código florestal que prevê insumos para enfrentar o desmatamento, aborda a expansão agrícola e florestal, trata das florestas públicas e da relação com as populações locais.
A Costa do Marfim possui 232 “florestas classificadas” por ativos públicos – 86 delas foram analisadas e selecionadas para processos de licitação. “Nosso objetivo é despertar o interesse privado para iniciar os estudos e o plano de manejo. Em nosso país, utilizamos o sistema de crédito de carbono e agroflorestais – como o do dendê e o da borracha – para o restauro”, destacou o ministro das Águas e Florestas da Costa do Marfim, Laurent Tchagba.
Texto: Serviço Florestal Brasileiro • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 3247-9511