IFN - Histórico
Na década de 1980, o Brasil realizou a primeira e única edição de um inventário florestal nacional. O objetivo principal era gerar informações sobre os estoques de madeira de florestas naturais e plantadas.
Depois dessa iniciativa, inventários regionais foram realizados no País, para atender a demandas particulares de informações e subsidiar programas de colonização ou planejamento.
E, mais recentemente, com o reconhecimento da importância da floresta em seus múltiplos usos para a produção de bens e serviços ambientais e sociais, alguns estados brasileiros tomaram a iniciativa de realizar os seus levantamentos estaduais. Apesar de a iniciativa dos estados ser positiva, é importante que o País também disponha de informações produzidas por uma metodologia nacional.
Linha do Tempo
Nesse contexto, entre 2005 e 2009, o Serviço Florestal promoveu oficinas e reuniões com especialistas brasileiros de todos os biomas e representantes de outros países que já realizavam seus inventários, para a definição do escopo e metodologia do Inventário Florestal Nacional.
Entre 2007 e 2011, foram realizadas as primeiras coletas de dados em campo, no estado de Santa Catarina, em parceria com a Universidade Regional de Blumenau (Furb). A iniciativa teve também a participação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). O levantamento foi financiado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e Governo do Estado.
Em 2011, o SFB realizou o levantamento no Distrito Federal e está progressivamente implementando em todo o país, por estados, mesorregiões e biomas, conforme os recursos disponíveis e negociações com os governos locais e instituições financiadoras.
Em 2012, a realização do levantamento foi formalizada na Lei 12.651, tornando o IFN uma ação de Estado e definindo o Serviço Florestal Brasileiro como responsável pela sua implementação e coordenação em todo o território nacional.
Para viabilizar a implementação do 1º ciclo do IFN foram articulados recursos por meio de projetos que apoiaram as atividades necessárias. Também houve apoio financeiros por parte dos estados para implementação do IFN em Sergipe, Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
Até o momento o Serviço Florestal Brasileiro teve apoio financeiro dos seguintes projetos para implementar o 1º ciclo no IFN:
1) IFN - Projeto GEF / FAO
Título: Fortalecimento do Marco Nacional de Conhecimento e Informação para Subsidiar Políticas de Manejo Sustentável dos Recursos Florestais (Projeto GEF de apoio ao IFN).
Objetivo: fornecer informações e análises de boa qualidade sobre os recursos florestais e uso e cobertura do solo para melhorar políticas e decisões estratégicas das partes interessadas bem como para aumentar a contribuição das florestas brasileiras para o desenvolvimento sustentável nacional.
Fonte de financiamento: Fundo Global para o Meio Ambiente/Global Environment Facility (GEF). Os recursos foram geridos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Abrangência: todos os biomas, com ênfase nos biomas Mata Atlântica e Caatinga.
Vigência: 01/08/2011 a 30/06/2019.
Para mais informações, acesse: https://www.gov.br/florestal/ptbr/assuntos/ifn/projetos-de-apoio/projeto-gef-fao/ifn-projeto-gef- fao
2) Projeto Fundo Amazônia / BNDES
Título: Inventário Florestal Nacional: Implementação de um sistema de monitoramento florestal para o bioma Amazônia.
Objetivo: implementar o IFN no bioma Amazônia como um sistema de monitoramento florestal contínuo e capaz de produzir informações sobre os recursos florestais, para fundamentar a formulação, implementação e execução de políticas públicas e projetos de uso e conservação desses recursos.
Fonte de Financiamento: Fundo Amazônia (gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES).
Abrangência: bioma Amazônia.
Vigência: 24/01/2013 a 24/01/2020.
Para mais informações, acesse: https://www.gov.br/florestal/ptbr/assuntos/ifn/projetos-de-apoio/projeto-fundo-amazonia-bndes/projeto-fundo-amazoniabndes
3) IFN – Projeto FIP Cerrado
Título: Informações Florestais para uma Gestão Orientada à Conservação e Valorização dos Recursos Florestais do Cerrado pelos setores Público e Privado
Objetivos: implementar o Inventário Florestal Nacional (IFN) no Bioma Cerrado e consolidar o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF).
Fonte de financiamento: o Forest Investment Program (FIP), Programa de Investimento Florestal, é um dos programas de investimento multilateral, sob o escopo do Climate Investment Funds (CIF), administrado pelo Banco Mundial e com desembolso regional executado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Abrangência: bioma Cerrado.
Vigência: 10/06/2014 até 10/12/2020.
Para mais informações, acesse: https://www.gov.br/florestal/pt-br/assuntos/ifn/projetosde-apoio/projeto-fip-cerrado
4) IFN – Projeto FIP - Informações Florestais
Título: Informações Florestais para uma Gestão Orientada à Conservação e Valorização dos Recursos Florestais do Brasil
Objetivos: implementar o Inventário Florestal Nacional (IFN) para conclusão do 1º ciclo nos biomas extra amazônicos, e aprimorar e consolidar o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF).
Fonte de financiamento: O Forest Investment Program (FIP), Programa de Investimento Florestal, é um dos programas de investimento multilateral, sob o escopo do Climate Investment Funds (CIF). O projeto é fruto de cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), sendo executado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e pelo Serviço Florestal Brasileiro – SFB.
Abrangência: biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.
Vigência: 30/03/2022 até 30/03/2026.
Para mais informações, acesse: https://snif.florestal.gov.br/pt-br/institucional/projetos
Os dados coletados no âmbito do IFN propiciaram ao SFB, por meio do Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), a disponibilização de diversos resultados, tanto em relatórios estaduais, quanto em dados abertos e painéis interativos com informações customizáveis, possibilitando consultas públicas em diversos níveis. Clique aqui para acessar os resultados já disponíveis.